22 de julho, de 2021 | 09:00

Região apresenta oscilação no número de nascimentos

Yasmini Gomes
Número de novas vidas tem oscilado desde o ano em que a pandemia estourou Número de novas vidas tem oscilado desde o ano em que a pandemia estourou

O impacto da pandemia da covid-19 na rotina da população tem sido grande. Além de números que assustam, como os mais de 542 mil mortos por complicações da doença, chama a atenção também a queda de nascimentos desde o ano de 2019 até agora. Nas quatro cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), a quantidade de pessoas que vieram ao mundo teve ligeira recuperação em alguns momentos, mas tem oscilado quando analisados os dados do primeiro semestre de lá pra cá. As estatísticas são do Portal da Transparência do Registro Civil e podem ser consultados por qualquer cidadão.

Conforme os registros, que podem ser feitos na cidade em que a criança nasceu ou em que possui domicílio, Ipatinga teve 2.385 pessoas registradas entre janeiro e junho de 2019, o maior número desde então. Em 2020 foram 1.870 e em 2021, 2.064 pessoas. Todos os dados são dos primeiros semestres de cada ano mencionado.

Em Coronel Fabriciano nasceram mais pessoas em 2020, quando comparado apenas o primeiro semestre: foram 771 crianças. Em 2019 foram 753 registros e em 2021 o menor registro, com 685 novas certidões. Já em Timóteo o primeiro semestre de 2019 teve a maior quantidade de nascimentos neste período, foram 598. O primeiro semestre do ano seguinte teve 449 e 2021, 456 pessoas registradas. O mesmo período do ano de 2020 foi o de mais registros em Santana do Paraíso: 129, seguido por 2021, com 63 e 2019, com 106.

Paralelo

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) aponta que a diferença entre nascimentos e óbitos é a menor já registrada desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil, em 2003, mas considerando apenas Ipatinga. Além das vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia: nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021.

A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 1.174 nascimentos a mais, caiu para apenas 717 em 2021, uma redução de 38,9% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 32,17%, e em relação a 2019 foi de 56,52%. “O Portal da Transparência vem sendo usado por toda a sociedade para ter um retrato fiel do que tem acontecido no munícipio neste momento de pandemia”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.

“Os números mostram claramente os impactos da doença em nossa sociedade e possibilitam que os gestores públicos possam planejar as diversas políticas sociais com base nos dados compilados pelos Cartórios”, completa.

Embora não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade em Ipatinga, o que deve fazer com que os nascimentos não demorem a serem retomados, já que no primeiro semestre de 2021 o município registrou o 10º menor número de casamentos desde o início da série.

Segundo a Associação, o primeiro semestre de 2021, em Ipatinga, apresentou aumento de 2,1% no número de matrimônios desde 2003. E mostra também recuperação em relação às celebrações do ano passado, impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os cartórios celebraram 884 casamentos civis, número 40,3% maior que os 630 matrimônios realizados no ano passado, e ainda 9,7% maior que os 806 casamentos celebrados em 2019.

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