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19 de julho, de 2021 | 20:00

Temor com variante delta eleva dólar para R$ 5,25

Bolsa caiu para o menor nível desde o fim de maio e preocupação com disseminação de mutação do coronavírus é global

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Carlos Severo/ Fotos Públicas
Impacto da ameaça da pandemia foi global nesta segunda-feira e atingiu mercados em todo o planetaImpacto da ameaça da pandemia foi global nesta segunda-feira e atingiu mercados em todo o planeta

A pandemia de covid-19 não acabou, embora a maioria dos países já tenham promovido a retomada da vida social e econômica com menos restrições. A realidade dos fatos, entretanto, não é essa. A circulação das variantes do vírus Sars-CoV-2 é uma ameaça real. Uma das maiores preocupações é com a mutação Delta, originária da Índia, e que tem transmissibilidade 97% maior do que a cepa original do coronavírus, que teve origem na China.

Em um dia de pânico no mercado financeiro internacional, o dólar teve a maior alta diária em dez meses e voltou a fechar acima de R$ 5,20. O temor com a disseminação da variante delta do novo coronavírus também provocou turbulência na bolsa de valores, que caiu para o menor nível desde o fim de maio.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (19) vendido a R$ 5,251, com alta de R$ 0,135 (+2,64%). Esta foi a maior valorização para um dia desde 18 de setembro do ano passado. A cotação está no maior valor desde 27 de maio, quando tinha fechado a R$ 5,255.

Na bolsa de valores, o índice Ibovespa, da B3, iniciou a semana com queda de 1,24%, fechando aos 124.395 pontos. Em baixa pela terceira sessão seguida, o indicador está no nível mais baixo também desde 27 de maio. Na ocasião, o índice tinha encerrado aos 124.367 pontos.

Impacto é global

Em todo o planeta, o dólar subiu e as bolsas caíram. O crescimento de casos de covid-19 em diversos países avançados voltou a reforçar as expectativas de que novas medidas de restrição social sejam impostas por diversos governos. Isso força os investidores a revisarem para baixo as projeções de recuperação da economia global.

O fim da maioria das restrições sociais no Reino Unido, que começou a vigorar segunda-feira, não animou os mercados. O receio de que o número de casos no país, assim como no restante da Europa, dispare predominou nas negociações.

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de aumentar a produção nos próximos dois anos também não reduziu o pessimismo dos investidores. A cotação do barril de petróleo caiu cerca de 5% após o anúncio da medida, mas o receio de que novos lockdowns em economias avançadas reduza a demanda de combustíveis também influenciou as negociações.

Riscos com mutação do coronavírus

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que a variante delta é predominante em relação a outras mutações do coronavírus já identificadas e tem potencial para se tornar a dominante no mundo nos próximos meses. No Brasil, a variante foi identificada há cerca de um mês e já provocou pelo menos cinco mortes (de viajantes que chegaram no Maranhão, Rio de Janeiro e Paraná). No dia 5/7 a cidade de São Paulo registrou o primeiro caso da variante delta, em um homem de 45 anos.

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira que já foram identificados no Brasil 110 casos da variante Delta do novo coronavírus.

Dos 110 casos registrados, foram 83 no Rio de Janeiro, 13 no Paraná, seis em um navio que ficou parado na costa do Maranhão, um em Minas Gerais, dois em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco.

Os dados foram divulgados em um levantamento do Ministério da Saúde (MS) sobre vigilância genômica do novo coronavírus.

Apelo às Secretarias de Saúde

A pasta informou que tem dialogado com secretarias de Saúde para ampliar a vigilância sobre a variante. Entre as ações recomendadas está o sequenciamento genômico para mapear a presença da variante em cada estado ou município.

Os casos suspeitos devem ser isolados, com tratamento para aliviar os efeitos e possíveis complicações. O MS também solicita a notificação imediata para gerar ações de resposta em localidades onde a variante for identificada.

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