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30 de junho, de 2021 | 05:58

Vendedor que acusa governo de pedir propina em vacina será chamado a depor em CPI

Lista de objetos a serem investigados só cresce e o colegiado teria até o dia 7 de agosto para concluir seus trabalhos; A ideia agora é que seja prorrogada por mais 90 dias com o objetivo de aprofundar as investigações. Fotos Marcos Oliveira/Agência SenadoLista de objetos a serem investigados só cresce e o colegiado teria até o dia 7 de agosto para concluir seus trabalhos; A ideia agora é que seja prorrogada por mais 90 dias com o objetivo de aprofundar as investigações. Fotos Marcos Oliveira/Agência Senado

A CPI da Covid deverá convocar o representante de uma empresa que vende vacinas contra a covid-19, que acusa um representante do governo federal de pedir propina para a venda de vacinas.

A notícia foi publicada terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. A denúncia trata de um pedido de propina para que o Ministério da Saúde fechasse a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

O caso “incendiou” os bastidores da polícia, após a denúncia do deputado federal Luis Miranda, sobre falta de providências do presidente Jair Bolsonaro, diante de uma denúncia que ele mesmo levou de indícios de corrupção no acordo para a compra da vacina indiana Covaxin.

Agora outro relato é feito por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, e acusa especificamente o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. A propina cobrada pelo representante do governo de Jair Bolsonaro seria de 1 dólar por dose.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se manifestou pelas redes sociais. “E tudo não passava de corrupção! As pessoas morrendo e os caras ganhando dinheiro!”, escreveu.

Randolfe, que está sob ataque dos defensores do governo desde o começo da CPI, confirmou ter apresentado, com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), um requerimento para que Dominguetti seja convocado a depor à comissão.

Vieira também se pronunciou pelas redes. “Já apresentei o pedido de convocação do representante da empresa Davati que relata ter recebido um pedido de propina para venda de vacinas. Brasileiros morrendo de covid e bandidos atrás de vantagens ilícitas. Precisamos apurar tudo. A CPI segue avançando”, publicou.

Nesta terça-feira, ao falar com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro voltou a insistir que não se pode saber tudo o que se passa dentro dos gabinetes dos ministérios e secretarias.

CPI pode ser prorrogada

A lista de objetos a serem investigados só cresce e o colegiado teria até o dia 7 de agosto para concluir seus trabalhos; A ideia agora é que seja prorrogada por mais 90 dias com o objetivo de aprofundar as investigações.

Além de dezenas de quebras de sigilos bancários e de pedidos de informações, há 18 requerimentos para convocações de novas testemunhas. Um deles refere-se ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Segundo o deputado Luis Miranda, o deputado Barros foi citado por Bolsonaro, quando foi apresentada ao presidente a denúncia de corrupção na proposta de compra da Covaxin.

Agora está lista também a convocação para que Dominguetti seja convocado a depor na CPI. O requerimento precisa ser aprovado pela maioria dos integrantes da CPI da Covid. Essa é a íntegra do documento:

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