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17 de junho, de 2021 | 07:59

Detento é morto em cela no Ceresp de Ipatinga

Vítima teria sido asfixiada ao ser enforcada com uma toalha molhada na ação praticada por outro preso

Arquivo/Diário do Aço
A morte do preso aconteceu no interior de uma cela no Ceresp de IpatingaA morte do preso aconteceu no interior de uma cela no Ceresp de Ipatinga

José Carlos Quintão, de 51 anos, morreu no início da madrugada desta quinta-feira (17) ao ser enforcado com uma toalha molhada na cela de isolamento do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga. O autor do crime seria o colega de cela, o Humberto Guilherme da Cunha, de 29 anos, que confessou ter agido para evitar de ser violentado sexualmente pela vítima.

Uma equipe da Polícia Militar foi acionada, nos primeiros minutos desta quinta-feira, por policiais penais de serviço no Ceresp. Eles relataram que ouviram barulhos vindos da cela de isolamento e, quando foram checar do que se tratava, depararam com um detento caído no chão sem as roupas e sem sinal de vida.

Os policiais penais acionaram o SAMU e o perito de plantão na Polícia Civil. A vítima tinha lesão em um dos joelhos e apresentava sinais de ter sofrido estrangulamento, provavelmente ocasionado por uma toalha molhada que se encontrava no interior da cela.

Humberto Guilherme disse aos policiais que só estavam os dois na cela no momento do fato. Ele foi surpreendido pelo companheiro de cárcere chegando por trás dele, totalmente nu. José teria dito que “ficasse tranquilo”, possivelmente com a intenção de fazer sexo com o preso.

O autor confesso contou ainda que chegou a mandar José Carlos se afastar, porém, ele continuou a se aproximar. Humberto pegou uma toalha e apertou o pescoço do colega de cela, na tentativa de fazê-lo desistir da ideia, sem a intenção de matá-lo.

Depois de uma primeira tentativa, José teria continuado com seu intento em relação ao outro preso, e Humberto voltou a passar a toalha no pescoço do preso e a apertou até que o homem caiu no chão. Após ser periciado, o corpo foi removido pela funerária Paraíso ao Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga para ser necropsiado.

Os dois presos, segundo informaram os policiais penais, teriam problemas psiquiátricos e foram recolhidos pela prática de furto. Humberto, que é de Caratinga, chegou ao Ceresp no dia 6 de junho passado e José Carlos veio da cidade de Alvinópolis no dia 12 deste mês. O caso foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.

Nota da Sejusp sobre o caso
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informou que, na madrugada desta quinta-feira (17), policiais penais do Ceresp, durante ronda, perceberam que o custodiado José Carlos Quintão, 51 anos, estava caído no chão da cela que dividia com outro interno.

Os servidores prontamente acionaram o Samu, que esteve na unidade e constatou o óbito do preso. A perícia criminal também esteve no local. A unidade registrou a ocorrência e instaurou um Procedimento Interno para apurar administrativamente o ocorrido.

As investigações criminais do caso seguem com a Polícia Civil. Até o momento não é possível afirmar a causa do óbito. A unidade prisional seguirá acompanhando os desdobramentos dos fatos, prestando todas as informações necessárias para a elucidação do caso.
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Comentários

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Eu Acredito

18 de junho, 2021 | 09:47

“"Problemas psi..." kkkkkkk Tabummmmmmm. kkkkkkkkkkk Vou acreditar.”

Zoio de Zoiar

17 de junho, 2021 | 16:40

“O sistema é foda, parceiro.”

Pedrinho Perito

17 de junho, 2021 | 12:46

“'' segundo policiais penais, os presos tinha problemas psiquiátricos''. Opa, que sistema penal é esse que aceita internos com problemas psiquiátricos? é preciso investigar. ISOLAMENTO? como assim, se tinha outros presos em cárcere? uma pena OAB num faz nada, CERESP não faz nada, essa frase do '' agente prisional '' me deixa um tanto quanto preocupado.”

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