16 de junho, de 2021 | 07:04

Bolsonaro afirma que Bolsa-Família de R$ 300 pode ser uma realidade

Programa social já beneficia mais 14 milhões de famílias e custa aos cofres mantidos com impostos dos brasileiros a quantia de R$32 bilhões anuais

Em entrevista a um canal de televisão nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que já está "praticamente acertado" um reajuste que levaria o benefício médio do Bolsa Família. Atualmente o benefício é de R$ 190 por mês e passaria para R$ 300. Conforme o presidente, a medida seria adotada a partir de dezembro.

No dia 10 de junho o presidente adiantou que a equipe econômica estudava uma correção de pelo menos 50% no benefício pago às famílias mais pobres. Nesta terça-feira, entretanto, Bolsonaro destacou que a decisão já está praticamente definida para o Bolsa-Família.

"Tivemos uma inflação durante ao pandemia no tocante aos produtos da cesta básica em torno de 14%. Sei que teve item que subiu até 50%, sabemos disso. E o Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro. Para sair em média de 190 para, um pouco mais de 50%, seria 300 reais. É isso que tá praticamente acertado aqui", disse Bolsonaro.

O incremento de benefícios sociais é apontado como alternativa para melhorar a imagem do presidente junto à população mais carente, que hoje enfrenta dificuldades em função da disparada dos preços, principalmente de alimentos.

A "receita" gerou popularidade para governos anteriores, de Lula e Dilma. O programa abrange atualmente mais de 14 milhões de famílias atendidas e custa aos cofres mantidos pelos pagadores de impostos a quantia de R$32 bilhões anuais. A proposta do governo é elevar para 20 milhões até o fim de 2021, o que aumentaria a despesa em mais R$ 20 bilhões.

Conforme o presidente, é "um número bastante grande, pesa para a União, mas nós sabemos da dificuldade da nossa população. A equipe econômica praticamente bateu o martelo", afirmou Bolsonaro na entrevista. (Com agências)

Quem é beneficiado

A população alvo do programa é constituída por famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. As famílias extremamente pobres são aquelas que têm renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa. As famílias pobres são aquelas que têm renda mensal entre R$ 89,01 e R$ 178,00 por pessoa. O cadastro é feito pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) em cada município.