
10 de junho, de 2021 | 10:35
Sob risco de apagão, conta de energia pode ficar mais cara
Para evitar racionamento governo estuda compra de energia de países vizinhos e reajustes nas contas de energia
Divulgação Cemig
O boletim de operações do ONS, divulgado dia 7/6, mostra que o nível da água em Três Marias estava em 566,55 metros, com 64,92% de volume útil

Nota técnica Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta adoção de ações, pelo governo federal, para assegurar o abastecimento de energia elétrica e evitar um apagão geral, provocado pela escassez de água nos reservatórios das maiores hidrelétricas produtoras de energia no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A seca é fruto de 10 anos de baixos índices de chuva.
Esta semana foi emitido um alerta, segundo o qual, oito reservatórios de usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil estão com níveis críticos e podem ficar vazios até novembro, quando começa a temporada de chuva.
O comunicado gerou preocupação no setor produtivo e o governo reagiu. Entretanto, analistas do setor, consideram inevitáveis novos aumentos nas contas de energia.
Entre as medidas anunciadas estão, a flexibilização de restrições hidráulicas sobre as usinas das bacias dos rios Paraná e São Francisco, participação maior da geração das termelétricas, reajustes nos preços da energia e a importação de energia da Argentina e do Uruguai.
A esperança é que o sistema produtor chegue ao período chuvoso com 5% de água nos reservatórios em novembro, mas se a chuva começar já em setembro, como ocorre em um ano normal, o risco de racionamento ou de apagão fica mais distante.
Além disso, os técnicos da área apontam que a interligação do sistema de abastecimento permite que energia gerada em uma região seja direcionada para outra onde a produção for reduzida ou parar. Além de hidrelétricas, o Brasil é abastecido por usinas térmicas, eólicas e fotovoltaicas. (Com informações de agências)
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