09 de junho, de 2021 | 06:00

Comandante da Marinha anuncia quatro novos submarinos até 2022

Força Armada explica que embarcações serão usadas na defesa de fronteiras aquáticas brasileiras

Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
O Humaitá é o segundo submarino produzido no Brasil e foi lançado ao mar no Complexo Naval da Ilha da Madeira, em Itaguaí, Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 2020. (Foto: Marinha do Brasil)O Humaitá é o segundo submarino produzido no Brasil e foi lançado ao mar no Complexo Naval da Ilha da Madeira, em Itaguaí, Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 2020. (Foto: Marinha do Brasil)

O comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier, anuncia que a força armada prepara investimentos em quatro novos submarinos até 2020. A justificativa para o gasto do dinheiro público é que, dono de extensa costa marítima, o Brasil conta com cerca de 95% do comércio exterior movimentado por hidrovias. Além de rotas comerciais estratégicas, jazidas minerais altamente valiosas estão localizadas em territórios marítimos e o patrimônio precisa de segurança eficiente.

O comandante da Marinha, explica que o patrulhamento e a defesa das fronteiras aquáticas brasileiras estão prestes a receber o reforço de quatro novos submarinos e de fragatas classe Tamandaré. Os valores envolvidos no plano de investimentos em equipamentos não foi divulgado. O orçamento anual da Marinha do Brasil é de R$ 19,6 bilhões, conforme consta no Portal da Transparência.

Segundo o comandante, o primeiro submarino será recebido pela esquadra brasileira até o final deste ano, enquanto as três outras embarcações serão finalizadas no decorrer de 2022. A construção de submarinos é tida como indústria estratégica pelo governo brasileiro, já que impulsiona o desenvolvimento industrial e tecnológico, além de prover treinamento e patrulhamento ostensivo na imensa costa brasileira.

“Esse é o sistema de gerenciamento da Amazônia Azul. Todo esse patrimônio brasileiro precisa de um sistema de gerenciamento e coordenação que enxergue tudo do alto, de lado, de baixo”, afirmou o comandante da Marinha em entrevista hoje (8) ao programa A Voz do Brasil.
O almirante de esquadra Almir Garnier, comandante da Marinha, informou sobre os investimentos em equipamentos de defesa O almirante de esquadra Almir Garnier, comandante da Marinha, informou sobre os investimentos em equipamentos de defesa

Almir Garnier informou que um dos papéis da Marinha é definir as fronteiras marítimas brasileiras pela presença de navios e contingente em vigília constante, que monitoram e defendem interesses nacionais de acordo com a legislação vigente.

Forças Armadas na pandemia

Sobre o trabalho da Marinha durante a pandemia, Garnier ressaltou o apoio logístico à distribuição de medicamentos, alimentos, roupas, vacinas e insumos para famílias em locais isolados do território nacional. “Estamos envolvidos completamente nisso [combate à pandemia]. O nosso centro tecnológico, juntamente com a Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu e produziu respiradores, que no início da pandemia eram muito críticos. Fizemos desinfecções de lugares públicos com a nossa equipe de capacidade de guerra bacteriológica, fizemos atividades de vacinação em todo o país, onde é mais difícil o acesso”, afirmou.

O almirante de esquadra lembrou ainda que a Marinha atuou na distribuição de alimentos para caminhoneiros no início da pandemia, quando a maior parte dos estabelecimentos comerciais de rodovias federais foram fechados.

Navios da esperança
Sobre a ação dos chamados navios da esperança - embarcações da Marinha que levam ações sociais a comunidades remotas -, Garnier informou que um dos papéis da Marinha é levar cidadania e assistência social à população.

“Muitas vezes essas famílias remotas, em localidades muito longínquas do nosso território, o único médico, o único dentista que eles veem na vida inteira é um médico da Marinha, possivelmente.”

Segundo o militar, os navios da esperança fazem 35 mil atendimentos ao ano, em cerca de 600 comunidades. “Indígenas, brasileiros de várias descendências - todos são atendidos com o mesmo carinho”, complementou.

Batalha de Riachuelo

O comandante lembrou, ainda, da chamada data magna da Marinha do Brasil, 11 de junho, dia da Batalha Naval de Riachuelo. Travada em Corrientes, no Paraguai, a batalha foi um dos conflitos decisivos da A Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida entre 1864 e 1870.

“É importante que se diga que não celebramos a batalha em si, que é sempre dolorosa. Perdemos muitas vidas. O que celebramos são os valores morais que surgem nos momentos de adversidade. São os heróis que cultuamos: o almirante Barroso, o marinheiro Marcílio Dias, o guarda-marinha Greenhalgh. Jovens cheios de sonhos que deixaram suas vidas para defender a nossa bandeira, a nossa soberania”, afirmou o almirante de esquadra Garnier.

“Esses valores morais que aqueles brasileiros patriotas emprestaram para nós estão presentes até os dias de hoje. São marinheiros que, em momentos de adversidade, se superam e vão adiante. É isso que celebramos, são esses exemplos que não queremos que morram nos nossos marinheiros e no povo brasileiro”, concluiu.
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Comentários

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Jair

09 de junho, 2021 | 08:57

“Na situacao atual do brasil submarinho nao engradece nada este pais.”

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