31 de maio, de 2021 | 15:09
Em tempos de pandemia...ao idoso um afago com carinho
Werivelton Muniz da Silva *
A você idoso (a) gratidão por ensinar ao mundo e à população mais jovem que a paciência é talvez o melhor remédio para longevidade de uma vida feliz”Em tempos de Pandemia, tempo esse que tem se arrastado mais do que o esperado; com início há pouco mais de um ano, acreditava-se que em 15 ou 30 dias tudo estaria resolvido, esperava-se um controle total da situação, no entanto, a desordem mundial se instalou, atingindo toda a população, que no geral teve sua rotina alterada de forma radical, crianças, jovens, homens, mulheres e idosos, todos sem exceção, tiveram suas rotinas alteradas. Formas de trabalho modificadas, processo educacional interrompido, lazer e cultura restritos a residência, quando não limitadas entre as paredes do seu lar.
Empregos perdidos, sonhos interrompidos, e até mesmo o descanso foi tomado por uma preocupação incessante de uma classe que requer cuidados específicos e um olhar de carinho, a uma geração que merece todo respeito e admiração: os idosos, pessoas com uma bagagem de vida admirável, com marcas profundas da vida, e com cicatrizes que demostra talvez não uma vitória, mas sim um sinal de respeito a uma luta travada por décadas, pela simples sobrevivência.
Idosos esses que de fato nos surpreende a cada dia, a cada geração e em especial idosos que testaram positivos para covid-19 e ou tiveram uma perda de pessoas próximas a sua convivência, mas que supreendentemente deram a volta por cima se superando na pandemia e redescobriu um novo mundo, descobriu um jeito novo de ser feliz, muitos buscaram e buscam novas alternativas para vida, alguns mais antenados descobriram que é possível viver em um mundo com tecnologia de ponta ligados a internet, outros simplesmente passaram a amar a companhia do seu lar e de todos os familiares que antes não tinham tempo de se olharem olho no olho, passaram então a aproveitar a companhia de seus amores, amor de homem, amor de mulher e amor próprio.
Alguns idosos redescobriram o ato de amar, o ato de estar na companhia de seu parceiro (a), idosos que decidiram e ou descobriram que ainda podem sentir o toque de alguém, que ainda são desejados fisicamente por uma outra pessoa, e a partir do caos se instalado pela pandemia, se entregaram talvez não por opção, mas por falta de ocupação, se entregaram a nova vida, se entregaram a um novo amor, ou simplesmente se revigoraram aos braços do velho e eterno amor.
Todo carinho, admiração e respeito, deixo aqui meu reconhecimento a esses seres humanos incrível que me inspiram dia após dia, que me incentivam a lutar pelos meus sonhos e ideais, ainda que no fim me restarão só as cicatrizes das lutas travadas pela vida e o conhecimento adquirido, já teria valido a pena lutar, pelo amor próprio, pelo olhar, pelo toque. Em tempos de pandemia, tempos incertos e certos de que não há previsão do término de todo caos, o simples olhar e um sorriso de um idoso que venceu mais uma guerra, que venceu e superou a covid-19 já me acalenta a alma, já me dá sentido aos meus ideais. A você idoso (a) gratidão por ensinar ao mundo e à população mais jovem que a paciência é talvez o melhor remédio para longevidade de uma vida feliz.
* Enfermeiro com pós graduação em Saúde da Família e mestrando em Psicogerontologia pela Faculdades Educatie de Mogi das Cruzes SP
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Jane
01 de junho, 2021 | 13:45E nestes tempos de correria e afobação confundida com "agilidade" é interessante este texto tão sensível.
Onde o idoso é depreciado por jovens que provavelmente pensam que serão eternamente belos, agéis e "espertos" .”