27 de maio, de 2021 | 14:21

Corrente em favor da educação brasileira

Sebastião Alvino Colomarte*


“Crianças e jovens não devem mais ficar na mesma condição de isolamento imposta no início da pandemia, pois o prejuízo na aprendizagem e no convívio social são incalculáveis”

Todos os segmentos da atividade humana tiveram que se reinventar com a proliferação da pandemia da covid-19 e sua longa duração. O resultado disso é que está havendo uma quebradeira geral de empresas de vários setores da atividade econômica, salvo alguns setores como agricultura, construção civil, bancos, atacadista e supermercadista, que conseguem crescer em meio a este caos.

O setor de educação, devido à interrupção das aulas presenciais, foi gravemente atingido, inclusive, com o encerramento das atividades ou venda de muitas escolas, que se sucumbiram ao ensino remoto e a debandada de alunos para a rede pública. Sem uma coordenação central para lidar com o problema, milhares de crianças e jovens estão em casa estressados e sentindo a falta do convívio com os colegas, o que vem interferindo no processo de aprendizado.

Infelizmente a educação continua relegada em segundo plano pelos governantes e, por isso, haveremos de pagar um alto preço no futuro. Em Minas Gerais, por exemplo, não se tem notícia de algum plano de retorno presencial às aulas. Diante da falta de coordenação federal, cada prefeito, com seu respectivo comitê, assume a responsabilidade e os riscos sobre os rumos da volta às aulas presenciais.

Algumas instituições de ensino ainda estão se reinventando com a utilização de novos métodos de ensino-aprendizagem e o auxílio da tecnologia. Entretanto, fica clara a discrepância entre as classes sociais, pois o estudante carente não tem o mesmo acesso às mesmas comodidades tecnológicas dos alunos que frequentam a rede particular. O evidente abismo entre os alunos matriculados em escolas particulares e públicas, o problema tende a aumentar na mesma proporção deste cenário pandêmico.

Outro fator de preocupação envolve os professores do ensino público que reivindicam proteção à saúde, melhores condições de trabalho, salário digno e o mínimo acesso aos instrumentos necessários para ministrar as aulas remotas.
As crianças e os jovens não devem mais ficar na mesma condição de isolamento imposta no início da pandemia, pois o prejuízo na aprendizagem e no convívio social são incalculáveis.

Fala-se muito em união de todos em prol do crescimento de nossa nação, mas quase nada tem sido feito. Muitos são os políticos que priorizam suas ideologias - seja de esquerda, centro ou direita – e negligenciam a educação em nosso país, principalmente para o jovem na faixa etária entre os 14 e os 24 anos.

Existe hoje uma sinergia entre o que se aprende na sala de aula e o que se executa na prática profissional. Por isso, estamos convictos de que a atividade de estágio se torna uma excelente ferramenta para o ingresso de milhares de jovens no mercado de trabalho, uma vez que as empresas estão em busca de profissionais que dominam a técnica, mas não têm experiência prática.

O Centro de Integração Empesa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) atua há 42 anos no território mineiro, tendo proporcionando a milhares de jovens a oportunidade de qualificação profissional por do estágio ou da aprendizagem. A instituição conta com o apoio de empresas, escolas e instituições, privadas e públicas, para o sucesso na inserção dos jovens no mercado de trabalho por meio dos programas de Estágio e de Aprendizagem.

Como professor, apelo mais uma vez pelo bem-estar de nossas crianças e jovens. Enfim, pelo bem de todos, que nos unamos em uma corrente do bem em favor da educação e do Brasil.

* Professor e diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais - [email protected].
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