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14 de maio, de 2021 | 10:00

Lei afasta gestantes de trabalho presencial

Bruna Lage
Médica afirma que saúde deve vir em primeiro lugar, para depois trabalhar com excelênciaMédica afirma que saúde deve vir em primeiro lugar, para depois trabalhar com excelência
(Bruna Lage - Repórter do Diário do Aço)
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou a Lei nº 14.151, publicada na quarta-feira (12), que dispõe sobre o afastamento da empregada gestante das atividades de trabalho presencial, durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente da pandemia. A médica ginecologista e obstetra Isabela Rossi Oliveira, de Coronel Fabriciano, pontua ao Diário do Aço a importância de medidas que protejam a grávida e seu filho.

De acordo com a lei, “durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração. A empregada afastada ficará à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância”. O texto entrou em vigor no dia 12.

Para Isabela, é aconselhável que as gestantes que conseguirem se manter em casa evitem circular durante a pandemia. Isso porque estudos já apontam que as grávidas que adquirem a covid-19, e tem sintomas, apresentam maior chance de internação hospitalar, em UTI, necessidade de ventilação mecânica e demais complicações maternas.

“Pensando na mãe já seria motivo suficiente, isso sem contar nas complicações obstétricas. A covid tem se mostrado como causa de abortamento, parto prematuro e todas essas medidas servem para evitar que a gestante se contamine, pois não existe medida eficaz para que não haja complicação. A grávida por si só tem uma tendência a contrair infecções virais e isso se estende consequentemente à covid”, alerta a médica.

Todos riscos são ampliados para a gestantes, mas se tornam ainda maiores quando elas apresentam comorbidade, em especial diabetes, hipertensão e obesidade.

Importante

A médica acrescenta que a medida de trabalho em casa é de fato importante, por ser uma maneira de evitar que essas gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias após a data do parto) tenham contato com um menor número de pessoas possível. “A ideia do trabalho remoto é essa. É importante lembrar duas coisas: não é porque a gestante está em casa, em trabalho remoto, que ela terá tempo para resolver outras coisas, o objetivo é que trabalhe, mas em casa. É importante ter em mente que o objetivo é circular menos”, citou a profissional, destacando os cuidados que devem ser mantidos em casa. “A outra questão é que mesmo em casa a mulher deve manter a higiene das mãos, uso de máscara e não receber visitas. Porque às vezes, por estar em casa, aumenta a frequência com que as pessoas vão visitá-la e isso não é o ideal. É preciso diminuir o contato dessa gestante com possíveis contaminados. Agora, o impacto econômico dessa media será sentido com o tempo. Porém, primeiro precisamos estar vivos e com saúde, para depois conseguirmos trabalhar com excelência”, afirma.

Estudos

A profissional aponta que a expectativa é que, com o decorrer das pesquisas, seja possível driblar o aumento dos riscos de complicações para as gestantes, de modo a tornar menos impactante economicamente a saída delas do ambiente de trabalho.
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Comentários

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Rodrigues

14 de maio, 2021 | 15:07

“Gente. Alguém está percebendo ou somente eu estou,que as notícias sobre o Covid desapareceram dos jornais de Ipatinga?
Alguém soube do surto de Covid na escola do bairro forquilha, onde 10 servidores estão contaminados?
Inclusive uma professora está com 50% do seu pulmão infectado?
Fiquem espertos e se cuidem.”

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