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06 de maio, de 2021 | 16:16

Estudo aponta que mães empreendedoras são as mais impactadas pela pandemia

Divulgação
Sebrae Minas mostra que mães precisaram reduzir o tempo dedicado aos seus pequenos negócios por causa da sobrecarga doméstica Sebrae Minas mostra que mães precisaram reduzir o tempo dedicado aos seus pequenos negócios por causa da sobrecarga doméstica

A pandemia impactou em cheio a rotina das mães empreendedoras. A sobrecarga com os afazeres domésticos levou 33% das mulheres com filhos a reduzirem o tempo dedicado aos negócios, contra 24% dos pais. As mulheres com filhos pequenos, de até dez anos, foram as mais impactadas, já que metade delas reduziu sua jornada de trabalho por causa dos cuidados dedicados aos filhos e à casa.

A mesma proporção de mulheres, três em cada dez, gasta mais de três horas por dia nas tarefas do lar e nos cuidados com os filhos, enquanto apenas 16% dos homens vivem a mesma realidade. No caso de mães de filhos pequenos, a maioria (54%) enfrentam a mesma situação.

É o que mostra o estudo feito pelo Sebrae Minas para identificar relações entre maternidade, paternidade e empreendedorismo, além de outros fatores que impactam nas escolhas, rotinas de trabalho e comportamentos dos empreendedores. O levantamento ouviu 1.327 empreendedores, entre os dias 05 e 15 de abril.

“O estudo confirma a percepção de que as mulheres ainda são as que se ocupam mais dos afazeres domésticos e dos cuidados com os filhos. E a pandemia agravou ainda mais essa realidade, levando muitas a abdicarem parcial ou totalmente dos seus negócios, para dar maior assistência aos filhos”, explica Paola La Guardia, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae responsável pela pesquisa.

Segundo o levantamento, a maternidade foi um fator relevante para sete em cada dez mães que decidiram empreender. Já entre os homens, a paternidade motivou seis em cada dz a terem o próprio negócio. Ter filhos também foi apontado como um fator importante de estímulo e superação das dificuldades, tanto pelos homens (28%) quanto pelas mulheres (22%).

A possibilidade de ter mais independência e um horário de trabalho mais flexível é o principal benefício percebido pelas mães empreendedoras (33%), contra 19% dos pais. Ainda entre as principais motivações para empreender, o desejo de ter uma fonte de renda que proporcionasse maior qualidade de vida à família incentivou 31% das mães e 40% dos pais a terem o próprio negócio.

Outros impactados

Além dos empreendedores com filhos pequenos e, especialmente, as mulheres, negros, donos de negócios de menor porte e aqueles que não possuem nível superior de ensino sentiram mais os impactos da pandemia.

Quase 40% dos empreendedores com filhos pequenos reduziram o tempo dedicado aos negócios durante a pandemia, enquanto isso foi realidade para somente 17% de pais ou mães sem filhos. Entre aqueles que têm filhos em qualquer idade, essa situação foi de 33% para as mulheres (contra 24% dos pais), 31% dos MEI (contra 24% e 19% para donos de micro e pequenas empresas, respectivamente), 30% para aqueles sem nível superior de ensino (contra 24% daqueles com nível superior) e 29% dos negros (contra 24% dos brancos).

Números da pesquisa

Precisou reduzir o tempo dedicado ao negócio por conta da sobrecarga de trabalho em casa e com os filhos.
33% das mães
24% dos pais


Ter filhos foi determinante na decisão de empreender.
71% das mulheres
62% dos homens

A maternidade/paternidade a (o) motivou a empreender pelas seguintes motivações: Pela possibilidade de ter maior independência e um horário de trabalho mais flexível.
33% das mulheres
19% dos homens

Pela necessidade de obter uma renda maior e proporcionar mais qualidade de vida à família.
40% dos homens
31% das mulheres

Porque ter filhos o encorajou/inspirou a superar os obstáculos.
28% dos homens
22% das mulheres
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