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14 de abril, de 2021 | 10:00

Ministro admite que brasileiros estão com segunda dose atrasada; Idosa afirma que não há imunizante

Divulgação / SES-MG
Governo de Minas afirma que segue distribuindo às Unidades Regionais as doses dos imunizantesGoverno de Minas afirma que segue distribuindo às Unidades Regionais as doses dos imunizantes

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que cerca de 1,5 milhão de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 atrasada. O dado foi divulgado nesta terça-feira (13) durante um café da manhã com jornalistas, em Brasília. Segundo o ministro, a pasta vai divulgar uma lista, por estado, de pessoas que estão com a segunda dose atrasada e fez um apelo para que os brasileiros não desobedeçam à prescrição do medicamento e tomem o imunizante dentro do prazo recomendado. Entretanto, a situação não é tão simples quanto a divulgada pelo ministro. Em Ipatinga, uma moradora do bairro Cidade Nobre afirma que não há a segunda dose disponível e tampouco previsão de chegada.

Moradora da rua João Monlevade, Maria Lopes está angustiada com a demora. Segundo ela, a vacinação de seu marido, que tem 80 anos, está atrasada. Ele já recebeu a primeira dose e agora aguarda a segunda. Maria acrescenta que tem ido à unidade de saúde ao longo dos últimos dias e a informação é que ainda não há dose. Na terça-feira (dia 13) completou um mês que o idoso recebeu a primeira dose da CoronaVac.

“Disseram pra eu levá-lo ao posto todos os dias, pra conferir se a vacina chegou. O problema não é nem levar, é a incerteza de ir e não ter um retorno positivo. E eu tenho percebido pessoas furando fila, sim. Fora o tanto de primeira dose sendo aplicada, sem previsão da segunda. Eu tenho 75 anos e minha imunização está dentro do prazo, estou aguardando a dose final. Mas na minha rua conheço várias pessoas que estão na mesma situação do meu marido. O resumo é que temos ido à UBS quase todos os dias. Tenho assistido e lido governantes pedindo para as pessoas não perderem o prazo. Mas como isso seria possível, se não há segundo dose disponível?”, questiona.

Relatos como o de dona Maria têm chegado ao Diário do Aço ao longo dos últimos dias. O medo é sobre a eficácia da vacina, se aplicada com atraso a segunda dose.

Intervalos

Desde que começou a imunização da população contra a covid-19, duas vacinas são aplicadas no Brasil: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e da farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz. No caso da CoronaVac, estudos apontam melhor eficiência quando a segunda dose é aplicada num intervalo de 21 a 28 dias. Já a vacina da AstraZeneca deve ter a segunda dose aplicada em intervalo maior, de três meses.

Estado

Minas Gerais mantém a distribuição, às Unidades Regionais de Saúde (URSs), das 478.150 doses de imunizantes enviadas pelo Ministério da Saúde ao estado na quinta-feira (8). Deste total, 197.390 já foram retiradas pelas regionais de Sete Lagoas, Divinópolis, Itabira, Coronel Fabriciano e Secretaria Municipal de Saúde de BH na Rede de Frio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

O restante do quantitativo começou a ser enviado, do Aeroporto da Pampulha, a partir das 8h desta segunda-feira (12).

“A Secretaria orienta os municípios conforme é preconizado pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI): desde a 8ª remessa, não se faz mais o armazenamento da D2 (segunda dose) na Unidade Regional. Todas as doses são entregues aos municípios para a continuidade de suas campanhas de vacinação”, explica a coordenadora de Imunização da SES-MG, Josianne Gusmão.
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Comentários

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Eone

14 de abril, 2021 | 14:28

“Moro na mesma rua e tambem não fui vacinada. Minhas vizinhas também não. Tem mais que 30 dias que tomei a Coronavac. Não sei o que fazer.”

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