03 de abril, de 2021 | 16:00

Agnaldo Timóteo morre de covid-19

TV Brasil
Agnaldo Timóteo estava internado desde o dia 17 de marçoAgnaldo Timóteo estava internado desde o dia 17 de março

O cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado (3), aos 84 anos, em decorrência das complicações causadas pela covid-19. Ele estava internado desde o dia 17 de março, na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A morte foi confirmada por Timotinho, sobrinho do cantor, por meio das mídias sociais.

Agnaldo Timóteo chegou a tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19, no dia 15 de março, porém, contraiu a doença antes do seu corpo desenvolver imunidade. Em 2019, após passar mal em um show em Barreiras (BA), precisou ficar internado por dois meses por causa de um princípio de acidente vascular cerebral (AVC) e um quadro de infecção urinária. Na ocasião, Timóteo chegou a ficar em coma induzido.

Trajetória

Mineiro de Caratinga, ele se mudou para o Rio de Janeiro, quando era jovem, em busca de oportunidades, onde foi ajudado pela cantora Angela Maria, tendo gravado o seu primeiro disco em 1961, aos 25 anos de idade.

Durante muitos anos Agnaldo Timóteo fazia questão de emplacar na cidade mineira de Timóteo os seus veículos. Ele cultivava essa excentricidade com a ajuda de um amigo que tinha na cidade, o Cabo Divino, que lhe emprestava o endereço para o emplacamento do veículo. Na capa do disco "Te amo cada vez mais", lançado em 1978, aparece um de seus veículos com a placa de Timóteo.


Dono de uma voz potente, sua carreira foi se fortalecendo, até estourar nas paradas em 1967, com o disco Obrigado Querida, com a canção Meu Grito, de Roberto Carlos, ficando em primeiro lugar nas principais rádios do país. O disco veio ainda com dois grandes sucessos da sua carreira: Mamãe Estou Tão Feliz" (Mamma) e Os Verdes Campos da Minha Terra. Segundo o próprio Agnaldo, Meu Grito consolidou a sua carreira.

Sua popularidade era baseada em um repertório romântico e na potência vocal. Tinha público cativo em todo o país, fazendo shows que lotavam os auditórios com seus fãs.

Gravou 64 discos em sua carreira. Em janeiro deste ano, comandou uma apresentação beneficente pela internet aos pés do Cristo Redentor, uma de suas últimas aparições públicas. Era torcedor fanático do Botafogo, clube que divulgou nota lamentando sua morte.

Política

O cantor também trilhou o caminho político. Em 1982, foi eleito deputado federal pelo PDT no Rio de Janeiro, com mais de 500 mil votos. Depois, ingressou no extinto PDS, cumprindo o restante de seu mandato. Ele se candidatou ao governo do Rio, em 1990, sendo derrotado. Em 1993 transferiu-se para o extinto PPR. Voltou à Câmara Federal em 1995. Em 1997, concorreu a uma cadeira na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pelo extinto PPB, alcançando a maior votação do partido.

Tentou a reeleição no pleito municipal de 2000, mas não obteve êxito. Transferiu-se para São Paulo e retomou a carreira política ao candidatar-se a vereador em 2004, pelo PP. Foi reeleito em 2008 para novo mandato como vereador paulistano, cargo do qual licenciou-se em 2010 para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Porém, obteve apenas uma suplência. Foi candidato à reeleição em 2012, mas não obteve votação suficiente. Deixou a atividade política para voltar a se dedicar à música. (Com informações: Agência Brasil)
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