31 de março, de 2021 | 16:25

Vale do Aço permanece na Onda Roxa, que vai durar até o dia 11 de abril

A vigência da Onda Roxa do programa Minas Consciente vai agora até o dia 11 de abril, em 13 das 14 macrorregiões de saúde do Estado, incluindo a do Vale do Aço, sendo que antes iria até o dia 4. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (31) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia no estado.

A única macrorregião que avançou para a Onda Vermelha é a do Triângulo do Norte, a primeira a ser inserida na fase mais restritiva do plano e que apresentou melhora em todos os indicadores relacionados à covid-19. Conforme o Comitê, as outras localidades ainda não apresentaram uma queda sustentada na taxa de óbitos e de ocupação em leitos de UTI e, por isso, deverão seguir as medidas mais restritivas até 11 de abril. As medidas são reavaliadas a cada sete dias pelo Comitê.

“Pior momento”

O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, concedeu entrevista à imprensa, na tarde desta quarta-feira (31), para falar acerca da situação epidemiológica de Minas Gerais. Conforme o titular da pasta, esse atual cenário nunca foi visto antes no estado. “É o pior momento da pandemia. Está muito vinculado com a nova cepa do coronavírus, que vem circulando no estado, e diante disso, foi determinante a implementação da Onda Roxa. E uma expectativa positiva é que essa região que está progredindo para a Onda Vermelha mostra que a Onda Roxa é um sucesso. Devemos daqui a pouco ver esses indicadores regredindo no estado como um todo”, afirmou.

Dificuldades

Fábio Baccheretti também destacou na entrevista que o número de ocupação hospitalar está cada vez mais próximo de 100%. “O Centro de Terapia Intensiva (CTI) continua sendo o nosso ponto mais sensível. É muito difícil de abrir leitos de terapia intensiva no estado, mas estamos nos esforçando. Além disso, estamos buscando junto com os municípios a ampliação de leitos em todo estado, mas lembrando que o crescimento da doença é muito maior que a capacidade de abertura de leitos devido à escassez de recursos humanos e de insumos”, salientou.

Preocupação com Vale do Aço

Conforme o secretário de Saúde, a cada dia que passa, percebe-se o aumento do número de pacientes que aguardam leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) no estado, o mesmo acontece em relação aos casos de enfermaria e casos de CTI (Centro de Tratamento Intensivo). “Parece haver um platô e algumas regiões vêm melhorando, como o Triângulo do Norte, mas em outras, a tendência é de subida, especialmente a região do Vale do Aço, que nos preocupa muito, assim como Oeste e a Central, que tem maior número de pacientes aguardando leito hospitalar”, afirmou.

Feriado

Conforme Fábio Baccheretti, durante a pandemia, sempre houve uma incidência de novos casos de covid-19 após cerca de duas semanas de um feriado. “Entretanto, a nossa expectativa com o feriado da Sexta-feira da Paixão é um pouco diferente, uma vez que estamos na Onda Roxa. Mas temos que ter atenção, porque qualquer reunião familiar ou de amigos aumenta, em muito, o risco de contaminação. Não é época para aglomerar, e sim para esforço conjunto para que possamos dizer que a Semana Santa não impactou o número de casos”, destacou.

Campeonato mineiro

Na entrevista, o secretário também confirmou que o Campeonato Mineiro será retomado nesta quinta-feira (1º), após várias reuniões com a Federação Mineira de Futebol (FMF), houve um compromisso deles em ampliarem o protocolo de segurança. “Atualmente, além de testar todos os jogadores, testam todos os envolvidos com a partida, lembrando que são jogos sem público”, afirmou.

Aumento

Na última semana, conforme o governo estadual, Minas Gerais apresentou aumento de 6,9% no número de casos e de 8,1% nos óbitos. A incidência da doença cresceu 20% nos últimos sete dias e 41% em 14 dias. A positividade atualmente é de 43%, o que significa que esse é o percentual de resultados positivos para covid-19 entre pacientes com sintomas gripais.