24 de março, de 2021 | 04:49

Brasil supera 3 mil mortos por covid em 24 horas

Fiocruz alerta que só o isolamento social pode reduzir danos no momento

O Brasil registrou nesta terça-feira, 3.241 mortos pela covid-19 em 24 horas e quebrou um novo recorde diários em número de óbitos oficialmente divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira à noite.

Com o acréscimo, o país soma agora 298.676 óbitos desde o início da pandemia. Com 82.493 novos casos positivos, o país soma agora 12.130.019.

O número de pessoas recuperadas chegou a 10.601.658. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.229.685.

A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.

Essa foi a sétima vez que o Brasil quebrou o recorde diário de óbitos em função das complicações causadas pela covid-19. Entenda como foi a progressão dos casos:

Quarta (17/3): 2.031 (recorde)
Quinta (18/3): 2.096 (recorde)
Sexta (193/): 2.178 (recorde)
Sábado (20/3): 2.234 (recorde)
Domingo (21/3): 2.255 (recorde)
Segunda (22/3): 2.298 (recorde)
Terça (23/3): 3.241 (recorde)

A média móvel diária de mortes pela infecção, calculada nos últimos sete dias, passou para 2.349 pessoas – três pessoas a cada dois minutos. O contágio e as mortes pelo coronavírus em território brasileiro seguem em aceleração. Autoridades da área da saúde têm repetido que este é o pior momento da pandemia no Brasil desde o início do surto, em março de 2020.

Pessoas morrem sem vaga em UTI em MG



O pior cenário já esperado atingiu Minas Gerais também. Nesta terça-feira seis pessoas aguardavam vaga na UTI em Formiga, na Região Central de Minas Gerais. Três mulheres não suportaram e foram a óbito. As três vítimas da covid-19 estavam intubadas na sala vermelha da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aguardando vagas na rede hospitalar. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da prefeitura de Formiga. Pelo mesmo motivo, da falta de vagas, um paciente morreu em Governador Valadares na semana passada.

Situação extremamente crítica em todo o país



A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) define o cenário como “o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil” e só o isolamento social pode reduzir os danos no momento. Em boletim extraordinário divulgado na noite de ontem, a instituição chama a atenção para a “situação extremamente crítica em todo o país”.

Até a conclusão do relatório, apenas dois estados brasileiros não estavam em colapso por falta de leitos de UTI, Rio de Janeiro e Roraima. A condição é declarada quando mais de 85% das unidades estão ocupadas.

O Brasil também bate recorde hoje de novos casos no período equivalente a um dia. O Conass aponta 99.634 novas infecções. O Brasil segue como epicentro da pandemia no mundo desde o dia 9 de março, quando passou a registrar mais mortes e casos do que os Estados Unidos, mesmo com capacidade de testagem inferior. Desde o dia 21 de janeiro o Brasil contabiliza mais de mil mortos por dia, em média.

O mapeamento da Fiocruz revela os estados com as piores condições, sendo que em todos eles pessoas morrem em suas casas sem atendimento hospitalar. São eles o Rio Grande do Sul, com 100% das UTIs ocupadas, Santa Catarina, 99%, Goiás, 97%, Distrito Federal, 97%, Paraná, 96%, Pernambuco, 96%, Rio Grande do Norte, 96%, Tocantins, 96%, Mato Grosso, 94%, Acre, 94%, Ceará, 94%, e Mato Grosso do Sul, 93%.
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