22 de março, de 2021 | 14:11

Intervenção precoce em crianças com autismo

Monique Ribeiro Cota *

“É necessário intervir com estratégias a fim de ampliar o repertório global da criança, estimulando interações, iniciações sociais e oportunizar a aprendizagem”

Se você acabou de receber o diagnóstico de autismo do seu filho, e não sabe por onde começar, quais profissionais procurar ou qual o melhor tratamento, sugiro que leia esse artigo até o fim. O autismo atinge, não apenas a criança em si, mas todo o contexto que ela está inserida, incluindo todas as pessoas que interagem com ela. Crianças pequenas com o diagnóstico de TEA têm menos experiências com as quais constroem a compreensão sobre pessoas e o mundo ao seu redor. Por vezes nos deparamos com dificuldades em lidar com seus comportamentos, sejam pela birra, choros, vômitos, alterações sensoriais, comportamentos inadequados frente a situações simples e cotidianas, mesmo a todo o momento ter um suporte ao lado, seja a mãe ou o pai, tentando corresponder de forma cuidadosa, clara e com amparo necessário para a modulação do comportamento em questão.

Ao receber o diagnóstico, a busca por onde começar as estimulações começa. Inicia o conhecimento que existem métodos cientificamente comprovados, outros, em fase de pesquisa; aquele que deu certo para filho de uma amiga; o acompanhamento que caiba financeiramente no orçamento familiar ou até mesmo o que não cabe, mas “a gente faz caber”; a indicação de um terapeuta em um grupo de WhatsApp, enfim, uma busca pelo melhor.

O importante é que essa criança inicie uma intervenção assertiva, com objetivos de tratamento claros, baseados em dados e registros, a fim de avaliar a eficácia do ensino e ajustar e melhorar o progresso do pequeno (a). As abordagens e intervenções são específicas para cada idade, a fim de fornecer meios para preparar, apoiar, recompensar e aumentar as iniciativas da criança a fim de transformar o lúdico em aprendizagem. Seguir o interesse e estimular a volição da criança em seu aspecto individualizado e fornecer uma base para a sua comunicação e interação.

O mais importante é que precisamos aproveitar e muito a plasticidade cerebral, a fim de diminuir as incapacidades que muitas vezes são características marcantes na criança com TEA, aumentando as competências cognitivas e linguísticas, interação social e iniciativa, e no geral o comportamento e a capacidade de se adaptar.

E o quanto mais precoce iniciar o tratamento da criança, maiores serão os resultados de aquisição de aprendizagem e independência na performance do desempenho ocupacional das habilidades.

* Terapeuta Ocupacional Infantil, Especialista em Saúde Pública / @clinicaneurohabilito/ Crefito 411.096.
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Comentários

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Ester

23 de março, 2021 | 16:45

“A intervenção precoce é de grande importância para o desenvolvimento da criança autista. Parabéns”

Flavio

23 de março, 2021 | 07:04

“Muito bom esse artigo. Iniciar o tratamento precoce é sempre uma ótima alternativa”

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