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22 de fevereiro, de 2021 | 16:00

Mão na taça

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Como previsto, o Campeonato Brasileiro da Série A ficou mesmo para ser decidido na última rodada, que será disputada na próxima quinta-feira (25), depois da vitória de virada (2 x 1) do Flamengo sobre o Internacional, anteontem, no Maracanã.

O rubro-negro carioca, com um elenco tecnicamente mais qualificado e mais caro do Brasil, era o favorito de dez entre dez analistas para a conquista do Brasileiro, antes do início da disputa. Mas demorou 37 rodadas para assumir a liderança, e poderá levantar a taça de campeão pela oitava vez.

Se isto acontecer, será o primeiro título mais importante da iniciante carreira do técnico Rogério Ceni, que pela primeira vez vai precisar vencer o São Paulo, onde, como jogador, consagrou-se como maior ídolo do clube.
E o jogo ainda será no Morumbi, palco onde Ceni foi protagonista de tantas glórias durante anos com a camisa tricolor. Vamos saber o final dessa história na próxima quinta-feira.

No sufoco
O jogo de domingo foi de definição para o Atlético, que, com muita dificuldade, no sufoco, conseguiu derrotar o Sport (3 x 2) em Recife, garantindo a vaga na fase de grupos da Libertadores. Mas isso é o máximo que lhe foi permitido, depois de ficar fora da disputa pelo título que persegue há 50 anos.

O jovem Marrony passou de vilão a herói em poucos minutos, ao cometer o pênalti que resultou no gol de empate dos pernambucanos, e depois marcar o gol da vitória atleticana no último lance da partida.

Com a vitória, o Atlético foi a 65 pontos e está em 3º lugar na tabela, mas ainda dependendo do resultado do São Paulo, 4º colocado, que jogaria na rodada ontem, contra o já rebaixado Botafogo, no Rio de Janeiro.

FIM DE PAPO
• Sem contar com o técnico Jorge Sampaoli no banco de reservas, expulso de campo novamente, além de estar em processo de saída do clube, o Galo voltará a campo pela última rodada do Brasileiro na quinta-feira, contra o Palmeiras, no Mineirão, com o objetivo de vencer para melhorar a quota de premiação, que varia de acordo com a classificação. Se terminar a competição em 3º lugar o clube recebe R$ 29,7 milhões, e o 4º colocado vai ganhar R$ 28 milhões. O Palmeiras deve atuar com um time reserva, pois vai fazer o jogo de ida da final da Copa do Brasil contra o Grêmio apenas três dias depois.

• O folclórico e saudoso ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus, referia-se ao futebol como sendo “uma faca de dois legumes”. Chega a ser irônico para o torcedor cruzeirense assistir, quase um ano depois, dois dos treinadores que conduziram o time na queda para a Série B decidirem o Campeonato Brasileiro. Rogério Ceni e Abel Braga, treinadores do Flamengo e Internacional, respectivamente, estão agora vivendo o outro lado da faca de dois legumes.

• Também deve ter sido difícil para o torcedor azul ver Thiago Neves bater com perfeição absoluta o pênalti a favor do Sport contra o rival, o Galo, no último domingo. Nada a ver com aquele TN-30 desinteressado, bisonho, que perdeu o pênalti contra o CSA, no Mineirão, na derrota de 1 x 0 para os alagoanos, que praticamente encaminhou o rebaixamento do Cruzeiro à Série B, em 2019. Ele não só bateu bem o pênalti e fez o gol, como foi um dos melhores em campo.

• Já se pode dizer que os quatro rebaixados à Série B estão definidos para 2021. São eles: Botafogo, Coritiba, Goiás e Vasco da Gama, que só escapa da degola se vencer na última rodada por 12 gols de diferença. Ou, então, se conseguir anular o jogo no qual foi derrotado pelo Internacional, onde alega ter havido um erro da arbitragem, algo também improvável de acontecer.

E será algo que nunca se viu antes: em 2021, a Série B terá vários campeões brasileiros na disputa. Do Guarani, único campeão brasileiro do interior, ao Vasco da Gama, passando pelo Botafogo, Coritiba e Cruzeiro. Nada menos do que 1/4 dos concorrentes. E não vai ser mole subir. (Fecha o pano!)
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