16 de fevereiro, de 2021 | 22:00

Cidades mineiras enfrentam recordes de casos de coronavirus, fecham o comércio e removem pacientes para outras regiões

Governo de Minas envia a duas regiões força-tarefa para avaliar medidas de enfrentamento da pandemia de covid-19

Divulgação
Força-tarefa foi deslocada da capital para o interior, onde avalia condições do enfrentamento à pandemia de covid-19Força-tarefa foi deslocada da capital para o interior, onde avalia condições do enfrentamento à pandemia de covid-19

Toque de recolher, barreiras sanitárias e outras restrições são algumas das medidas adotadas por cidades mineiras, diante da alta de casos de coronavírus e a falta de leitos nas regiões do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. Além de recordes de casos positivos e óbitos, há superlotação das vagas hospitalares. Em Coromandel houve falta de oxigênio para atender aos pacientes com falta de ar e pessoas com quadro grave foram removidas para outras cidades.

O Governo de Minas também enviou nesta terça-feira (16) para Coromandel e Uberlândia uma força-tarefa com profissionais da SES-MG, médico infectologista e paliativista do Hospital Eduardo de Menezes da Rede Fhemig e uma equipe completa de saúde da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

As aeronaves do Estado também foram mobilizadas para atuar na transferência de pacientes para outras regiões em que o sistema de saúde esteja menos sobrecarregado, assim como no transporte de profissionais de saúde e equipamentos para os locais de maior necessidade.

Também, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai determinar, nos próximos dias, a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais em todo o estado. A decisão não se aplica ao paciente cardíaco ou oncológico de maior gravidade. A medida, válida por 15 dias, é uma ação preventiva para evitar o esgotamento da rede pública de assistência. Na última semana, Minas registrou aumento de 3,2% no número de casos e 4,1% nos óbitos pela covid-19.

O anúncio foi feito durante a reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 nesta terça-feira (16/2) e será válida para as redes pública e privada (contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde - SUS). A determinação ampliará para todos os municípios mineiros a resolução da SES publicada no último sábado (13/2), que suspendia as cirurgias não eletivas em sete macrorregiões do estado.

“A medida tem como objetivo minimizar a sobrecarga no sistema de saúde para o atendimento de pacientes com covid-19. A ação também vai permitir que a secretaria tenha mobilidade no planejamento estratégico de readequação e redistribuição de pacientes, equipes médicas e equipamentos para regiões em que a incidência da doença está maior”, afirmou o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho.

Triângulo do Norte

A medida se soma a outros esforços do Governo de Minas para reforçar o enfrentamento da covid-19 no estado. Nesta terça-feira (16/2), o secretário de Saúde, médico Carlos Eduardo Amaral, visitou a macrorregião Triângulo do Norte para auxiliar na organização do fluxo de pacientes e da estruturação da assistência, que vem sendo muito exigida devido ao aumento do número de contaminados na localidade.

Minas Consciente

Durante a reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 foi determinado ainda que a macrorregião Sul progredisse para a onda amarela do plano Minas Consciente, criado para auxiliar a retomada da economia de forma gradual e segura. Com isso, ela se junta às regiões Oeste, Centro-Sul, Sudeste, Vale do Aço, Leste e Norte, que permanecem na onda amarela.

Já as regiões Triângulo do Norte, Triângulo do Sul, Centro, Jequitinhonha, Nordeste e Leste do Sul continuam na onda vermelha, a mais restritiva do plano. Nenhuma das macrorregiões de saúde se encontra atualmente na onda verde, a mais flexível.

Nesta terceira fase do Minas Consciente, todas as atividades ficam permitidas em todas as ondas, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.

Até esta terça-feira (16/2), 665 municípios já haviam aderido ao plano, o que representa 78% do estado. Ao todo, 12,4 milhões de mineiros foram contemplados pelas medidas.

O Comitê Extraordinário Covid-19, grupo criado especialmente para monitorar a situação da pandemia no estado e presidido pelo secretário de Saúde, conta com o governador Romeu Zema, todo o secretariado do Executivo mineiro, representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado, entre outros órgãos estratégicos.
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