22 de janeiro, de 2021 | 07:55

Irmãos são suspeitos de envolvimento no assassinato do próprio pai no Limoeiro, em Ipatinga

Wellington Fred
Marcelo morreu depois de ser baleado dentro de casa, no LimoeiroMarcelo morreu depois de ser baleado dentro de casa, no Limoeiro

Um adolescente de 17 anos e seu irmão mais velho, de 21 anos, foram conduzidos para a delegacia de Polícia Civil no fim da noite de quinta-feira (21). Eles são suspeitos de matarem a tiros o próprio pai, Marcelo Fernandes Pedrosa, de 43 anos. O crime foi praticado na rua Olívia Luzia da Silva, a antiga rua Nozes, no bairro Limoeiro, em Ipatinga.

A descoberta do crime teve início assim que uma equipe do SAMU foi acionada para atender a um suposto suicídio. No local, os paramédicos informaram a situação para a Polícia Militar e, com a chegada de uma viatura da PM, os policiais constataram que se tratava na verdade era um homicídio ocorrido no quarto da vítima.

O local foi isolado para o trabalho da perícia da Polícia Civil, enquanto eram colhidas informações de como poderia ter ocorrido o assassinato. Os policiais notaram algumas situações estranhas, pois os filhos da vítima não se preocuparam em acionara a PM e, aparentemente, estavam tranquilos, sem demonstração de qualquer sentimento com a morte do pai.

Os PMs encontraram uma ocorrência de 2019 onde constava a prisão de Marcelo por agressão à esposa. No local, com informações de populares, apurou-se ainda que a vítima era considerada violenta com os familiares. A postagem de uma foto de outra mulher no perfil do Facebook, realizada por Marcelo, teria sido o ápice da revolta dos filhos.

A reportagem do Diário do Aço esteve no local do crime e acompanhou o trabalho dos policiais. O tenente Lindomar, do Comando Tático do 14º Batalhão, informou que é muito difícil o autor do crime conseguir ter acesso ao interior da casa, que possui uma estrutura fortificada, e ir até o quarto onde estava Marcelo.

O perito Mateus Sena, da Polícia Civil, constatou pelo menos quatro perfurações, de entrada e saídas no corpo de Marcelo, tiros que acertaram o tórax, ombro, braço e o flanco, todos no lado esquerdo. Ele ainda recolheu duas bermudas dos filhos da vítima, pois havia sinais que poderiam ser de sangue. As peças de roupas serão encaminhadas para análise pericial.

Versões conflitantes dos familiares

Assim que o corpo de Marcelo foi removido ao Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga, os policiais passaram a colher informações dos familiares. Eles notaram contradições nas versões, inclusive do adolescente, que alegou ter tentado acionar primeiro a PM, mas sem sucesso, e que depois solicitou o socorro do SAMU.

Os irmãos foram encaminhados para a delegacia de Polícia Civil com o objetivo de fazerem análise nas mãos em busca de algum resíduo de pólvora. Enquanto isso, os PMs ouviram novamente os irmãos, mas separados um do outro.

Nesta situação, o adolescente confessou que havia encontrado no guarda-roupas do pai um revólver, possivelmente calibre 38, com cinco cartuchos. Com esta arma de fogo, assim que a mãe e um irmão saíram de casa, por volta das 20h, ele foi até o quarto onde estava o pai assistindo pela TV o jogo do Palmeiras e Flamengo.

Ele disse que observou o pai por alguns instantes e em seguida sacou a arma de fogo. Ele disparou três vezes contra a vítima. Logo após os disparos, o jovem foi até a casa de uma tia e, ao voltar, deparou-se com o irmão já na residência, informou que o que tinha feito e repassou-lhe o revólver.

O adolescente chegou a alegar que a arma teria sido jogada em uma mata, em frente a casa dele. O local foi vistoriado pelos policiais militares, mas sem sucesso na localização da tal arma. O jovem voltou na sua história e afirmou que o irmão, M.F.C., de 21 anos, teria ficado com o revólver. Esta história foi confirmada na presença da delegada de plantão, Lívia Athaíde.

Com isso, M.F.C recebeu voz de prisão por envolvimento com o homicídio. Ele negou-se a dar informação de onde está o revólver, mesmo com o próprio irmão pedindo para ele revelar onde guardou a arma do crime. Contudo, a polícia ainda suspeita que o mais velho pode ter participação direta no caso, situação que será investigada pela Polícia Civil.


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Comentários

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Antonio

22 de janeiro, 2021 | 20:33

“Esses 2 tem que pagar pelo q fez isso não é coisa de se fazer com ninguém ainda mais com o próprio pai xadrez pra eles”

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