16 de janeiro, de 2021 | 10:00

Alunos apontam expectativas com o Enem e medem sua ansiedade

(Tiago Araújo - Repórter Diário do Aço)

Aguardada por muitos estudantes, a versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicada em dois dias - neste domingo (17), e no outro, dia 24. A prova tem como objetivo avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e servir de mecanismo de acesso à educação superior. Por isso, a preocupação e ansiedade podem surgir entre os alunos, principalmente em um cenário de pandemia, que causou impactos na rotina de estudos. Durante a prova, serão adotados alguns cuidados contra a covid-19, como uso obrigatório de máscara e redução do número de candidatos por sala.
Arquivo pessoal
Penélope de Souza Ribeiro se preparou para o Enem por meio de apostilas, livros e viodeaulas pela internet Penélope de Souza Ribeiro se preparou para o Enem por meio de apostilas, livros e viodeaulas pela internet

O Diário do Aço ouviu alguns estudantes que farão o Enem nesses dois próximos domingos. Penélope de Souza Ribeiro, de 18 anos, aluna da Escola Estadual João XXIII, em Ipatinga, conta que com a suspensão das aulas presenciais na rede estadual, teve que se preparar para o Enem por meio de apostilas, livros e videoaulas que encontrava na internet, além de resolver as atividades propostas pelo Plano de Estudo Tutorado (PET) fornecido pelo Estado. “Em parte, me sinto preparada, porque desde que comecei o ensino médio, eu tive o Enem como foco. Desse modo, desde o começo de 2020 eu comecei a me organizar para estudar focada no exame, mesmo diante do cenário de pandemia”, afirmou.

Penélope ressalta que está ansiosa, já que não sabe como vai ser a realização da prova nesse ano, devido à pandemia. “Sempre quando penso, gera aquela insegurança, mas estou tentando ficar tranquila para fazer uma ótima prova. Eu pretendo fazer curso de História na Universidade Federal de Minas Gerais. Quero esse curso pois, desde pequena, eu sempre tive vontade de entender como o mundo funciona. Acredito que a história é o melhor caminho para conseguir isso. Quero contribuir para ajudar outras pessoas a adquirir conhecimento e senso crítico, porque dessa forma podemos construir um país melhor”, contou.
Arquivo pessoal
Maria Eduarda informou que pensa estudar Direito ou História Maria Eduarda informou que pensa estudar Direito ou História

Já Maria Eduarda Martins, de 18 anos, aluna da Escola Estadual Professor Letro, em Antônio Dias, informou que no começo da pandemia iniciou os estudos em um cursinho preparatório voltado para o Enem. “Por ser um cenário que mudou bastante minha rotina, não dei continuidade nos estudos do cursinho. Mas para me preparar para a prova, assistia videoaulas e imprimia as apostilas que foram disponibilizadas pelo cursinho que fazia no início. Desse modo, consegui estudar melhor”, afirmou.

“Direito ou História”
Maria Eduarda também informou que não se sente muito preparada para o Enem, mas que tem o objetivo de fazer um curso superior de História ou de Direito. “Eu tenho conhecimento em algumas áreas, mas em outras não, então não me sinto preparada. No entanto, não estou ansiosa, já fiz o Enem e outras provas de vestibulares. E no momento, estou em dúvida entre Direito e História. Tenho vontade de estudar História para aprender e passar mais conhecimento a quem realmente precisa, e em relação ao Direito, para entrar no mundo dos concursos públicos ou até mesmo na política”, disse.

100% sozinho
Na avaliação de Wenderson Rosa Venceslau, de 17 anos, aluno da Escola Estadual Professor Letro, sua preparação para o Enem foi conturbada. “Esse foi o meu primeiro ano estudando para o vestibular e estudei 100% sozinho, com a ajuda do YouTube. Tive que aprender muitas coisas do zero e fiz muitos exercícios para me preparar melhor e fiz muitos exercícios”, afirmou.
Arquivo pessoal
Wenderson Rosa contou que seu sonho é estudar Medicina  Wenderson Rosa contou que seu sonho é estudar Medicina

Cenário atípico
Wenderson também relata que não se sente muito preparado para o Enem. “Como foi meu primeiro ano estudando para o vestibular e com o cenário atípico que todos nós enfrentamos, fez com que as coisas ficassem mais complicadas. Minha ansiedade está até controlada na medida do possível. Mas não ter ideia do tema da redação me deixa um pouco ansioso, e eu tenho como sonho estudar Medicina. Além disso, não saber como serão as medidas de segurança na hora da prova contra a covid-19 é uma das minhas maiores preocupações”.

Inteligência emocional pode ajudar a ter uma vida mais saudável

A preparação para o Enem exige muita dedicação e foco nos estudos, mas o que nem todos levam em conta é a importância da inteligência emocional neste momento. Conforme a psicóloga clínica Pollyanne Hemétrio, que atua em Ipatinga, na maioria dos casos, grande parte do desempenho dos alunos depende do seu estado emocional.
“A inteligência emocional é a capacidade que temos de aprender a lidar com nossas próprias emoções e compreender nossos sentimentos, o que possibilita uma vida mais saudável e menos angustiante. O ideal é que ao longo da vida as pessoas tenham oportunidade de desenvolver a inteligência emocional e, assim, conseguir superar com mais equilíbrio e menos sofrimento os momentos de instabilidade”, informou.

A psicóloga também ressalta que o Enem é uma situação que pode gerar medo, ansiedade excessiva e muita expectativa. “Para a prova, é importante reconhecer suas emoções, tentar se acalmar, ter foco, evitar distrações e não se deixar influenciar pelo nervosismo de outros alunos e colegas”, salientou.

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