05 de janeiro, de 2021 | 08:00

Outra vez

O destaque do futebol mineiro nessa virada de ano novo foi outra vez o América, que assegurou virtualmente sua classificação à Série A, ao derrotar por 1 x 0 a boa equipe do Guarani, em Campinas.

O artilheiro Rodolfo foi o herói marcando o gol único da partida, além do volante Zé Ricardo, que fez uma partidaça e está sendo cobiçado por diversos clubes nacionais e do exterior.

Segundo os matemáticos de plantão, o América precisa somar apenas um ponto nos próximos seis jogos que ainda restam na competição para de fato garantir uma das quatro vagas, ou seja, somente um desastre sem precedentes faria o time comandado pelo técnico Lisca ficar de fora da Série A este ano.

Muita incompetência
Impressionante a incompetência da CBF no que deveria ser sua principal e única atribuição: a de organizar o calendário e as competições do futebol nacional.

Não há justificativa para o que acontece neste momento com a Série A do Brasileirão, mesmo sabendo que a pandemia da covid-19 obrigou uma paralisação das competições, e com isso aumentou a demanda de datas, o que já tem sido uma questão recorrente devido ao excesso de competições.

O mais prejudicado agora é o Atlético, que jogou no sábado pós-Natal, mas só volta a campo dia 11, segunda-feira próxima, em Bragança Paulista contra o Bragantino.

O Galo teve o jogo com o Santos, que seria amanhã no Mineirão, adiado em razão do Peixe estar envolvido na disputa da semifinal da Libertadores com o Boca Juniores da Argentina.

Nesse intervalo de dezesseis dias sem pisar no gramado para um jogo oficial, o Galo de Sampaoli poderá assistir de camarote o Flamengo, além do Internacional, ultrapassá-lo na tabela de classificação, além, é claro, do tempo excessivo só de treinos e sem jogos oficiais afetar o ritmo dos atletas.

FIM DE PAPO

· Depois das comemorações do centenário, o Cruzeiro iniciou a preparação para um jogo importantíssimo, nesta sexta-feira (8), com o Sampaio Corrêa, no Maranhão. O time comandado por Felipão precisa voltar a vencer e pontuar para afastar de vez a ameaça do rebaixamento à Série C, que voltou a tirar o sono da torcida. Em 12º, 41 pontos ganhos, a diferença para o 17º, Náutico, primeiro da zona da degola, caiu novamente para seis pontos. Enquanto isso, a distância do CSA, atual 4º colocado e primeiro da zona de classificação, aumentou para dez pontos.

· O resumo da ópera para o Cruzeiro é que, infelizmente, não se encaixa mais no velho e presunçoso ditado popular aqui dos nossos grotões: “o que vem de baixo não me atinge”. Não pode sonhar com a parte de cima da tabela, mas é bom tomar cuidado sim com o que vem de baixo, a fim de não aumentar ainda mais o drama vivido desde o rebaixamento no ano passado à Série B.

· O sonho do Galo de conquistar o título da principal competição nacional e quebrar um jejum incômodo, que já dura 49 anos, ainda persiste, embora suas chances tenham diminuído para míseros 7,9%, segundo cálculos do Departamento de Matemática da UFMG. Por outro lado, se o título é algo surreal para os atleticanos, há o consolo do alvinegro disputar a Libertadores, onde neste caso suas chances de conquistar uma vaga são enormes.

· Os mesmos matemáticos da UFMG dizem que, neste caso, o Galo tem 94,8% de probabilidade de garantir a vaga. Nos últimos oito anos o Atlético tem sido um participante assíduo da Libertadores, disputando seis vezes – 2013 (campeão), 2014, 2015, 2016, 2017 e 2019 -, ficando de fora da maior competição continental apenas em 2018/2020. Vale lembrar que o atual Campeonato Brasileiro dá seis vagas para a Libertadores, sendo quatro já direto na fase de grupos e duas na conhecida pré-Libertadores.

· Por serem finalistas da Copa do Brasil, competição que também dá ao campeão uma vaga no torneio continental, Grêmio ou Palmeiras ainda devem abrir uma vaga ao sétimo colocado do Brasileirão. O mesmo pode acontecer na própria Libertadores deste ano, fazendo o G-7 virar G-8, caso o mesmo Palmeiras ou o Santos conquistem o torneio. (Fecha o pano!)


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