01 de janeiro, de 2021 | 10:00

Elas venceram o ano de 2020

Mesmo com a pandemia, Cláudia e Weslaine mantiveram a clientela em seus estabelecimentos

(Bruna Lage - Repórter do Diário do Aço)
O ano de 2020 vai ficar marcado na história. A pandemia provocada pela covid-19 levou o país a uma crise na saúde e também econômica, com desemprego em diversas áreas. Apesar dos problemas, que não foram poucos, alguns empreendedores conseguiram manter as portas de suas empresas abertas e vislumbram por um 2021 de boas novas. É o caso de Cláudia Roberta Alves e de Weslaine Lisboa, que trabalham com estética, em Ipatinga.

Cláudia, que tem 20 anos de mercado, com um salão no distrito de Barra Alegre, revela que a queda nos atendimentos foi certeira. “O fluxo diminuiu muito. Tivemos que bolar estratégias. Cheguei a fechar as portas do salão por motivo de recuperação de uma cirurgia e reabri após esse período. Os clientes reduziram sim as idas ao salão, principalmente no início da pandemia. Agora deu uma melhorada, devido ao período das festas de fim de ano. Inovamos o atendimento, indo até a casa do cliente. Alguns se sentiram mais seguros assim”, detalhou.

Após um ano de superação, Cláudia diz estar agradecida por ter chegado até aqui. “O privilégio de estarmos vivos e trabalhando em meio a tantas dificuldades é motivo de agradecer a Deus. A lição que tirei dessa pandemia foi de nunca deixar pra amanhã o que podemos fazer hoje. Amar com intensidade e fazer nosso trabalho da melhor forma possível. O ano está chegando ao fim, mas a pandemia, essa parece estar se fortalecendo. Deus nos capacite para enfrentarmos com muita criatividade essa nova onda. Criando estratégias para atrair a clientela. Saudades do salão cheio, das risadas e bate papos. Acredito que por um bom tempo teremos um novo estilo de vida. As máscaras farão parte do nosso look”, vislumbra.

Adaptação à pandemia

Weslaine Lisboa atende seus clientes no bairro Veneza II, há sete anos. Para ela, 2020 foi um ano produtivo, mesmo com a pandemia. “Acredito que as pessoas ficaram mais reflexivas no quesito autocuidado. Por causa da covid, tive de fechar as portas, mas somente na primeira semana de paralisação, conforme a orientação da Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal da Saúde. As pessoas que chegaram a desmarcar foi porque testaram positivo, ou porque tiveram contato com alguém com covid, mas o movimento foi mantido”, relata.

Ela recorda que a frequência de atendimentos em seu estabelecimento foi mantida, mas que se empenhou para que isso ocorresse. “Fiz investimentos em equipamentos, técnicas e procedimentos, além de maior interação com marketing digital. Concluir um ano como esse é vitória, pois foi de turbulência mundial. Estar com saúde é sinônimo de gratidão. Em relação à higiene, não tive muitos problemas, pois sempre usei máscara e luva para atender minhas clientes. Trabalho com horários agendados e isso faz com que não haja aglomeração por aqui. A pandemia não fez diferença nesse sentido”, aponta.

Lição

Para 2021, Weslaine afirma ter aprendido uma lição. “Dar mais atenção para as oportunidades e valorizar mais a vida. Aprendi que devemos lutar sempre e nunca desistir, além de estarmos preparados para enfrentar as dificuldades. Para pessoas que querem começar a trabalhar no ramo da estética, minha mensagem é que comece. Há clientes para todos, esta é uma área muito ampla, independentemente da pandemia. A mulher não deixa de vir e de se cuidar”, conclui.