28 de dezembro, de 2020 | 11:02
Mais difícil
Fernando Rocha
Entramos na reta final de 2020, um dos mais complicados e difíceis da nossa história, ainda em meio à aceleração da pandemia da Covid-19 no país e, infelizmente, ainda sem perspectivas de quando teremos por aqui a vacina que boa parte do mundo já está tomando.O futebol, de todas as formas um grande e milionário negócio, foi diretamente impactado pela pandemia e segue sua vida com dificuldades cada vez maiores para os clubes, que já eram enormes antes, devido às suas más administrações.
Sem chances maiores de acesso à elite do futebol nacional, o Cruzeiro volta a campo hoje, quando vai encarar o Cuiabá no Independência, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
O jogo não deixa de ter importância, visto pela ótica do técnico Felipão, que é a de não ser ameaçado pelo Z-4, a zona de rebaixamento à Serie C. Com relação ao G-4, que é o que mais interessa à torcida celeste, não houve alteração da distância para o quarto colocado, o Juventude-RS, que permanece em nove pontos após os jogos da última rodada.
O problema é que diminuiu a diferença para a turma de baixo - o Z-4 - e isso preocupa, uma vez que o Cruzeiro hoje é 11º colocado, com 40 pontos ganhos, apenas cinco à frente do Náutico, o primeiro time no Z-4, que vem reagindo após a chegada do técnico Hélio dos Anjos.
Deu ruim
Este será o último jogo Cruzeiro em 2020 e a última vez que entrará em campo antes de comemorar o centenário de fundação, que será no sábado, 2 de janeiro. No início da temporada, mesmo sob o impacto do rebaixamento, os mais otimistas acreditavam que este jogo com o Cuiabá, anteriormente previsto para sábado (2), seria de comemoração dupla: o acesso à Série A, em 2021, juntamente com a data especial do centenário.
Deu ruim. E isso causa muito sofrimento para o torcedor celeste, que não merece uma coisa dessas, fruto de más gestões das diretorias anteriores.
Vale lembrar que o técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, assumiu o Cruzeiro na vice-lanterna da Série B e fez o time subir na tabela até chegar recentemente ao 10º lugar, o melhor posicionamento do time desde as primeiras partidas. É fato que sem Felipão tudo poderia ter sido muito pior, mas devido às limitações do elenco, o time empacou no meio da tabela e não mostra ter forças para engatar uma sequência de vitórias que poderia leva-lo de volta à Série A.
FIM DE PAPO
Uma vitória hoje sobre o Cuiabá será fundamental para o time celeste atingir logo os 43 pontos, marca tida pelos matemáticos como suficiente para escapar do rebaixamento. O Cuiabá, 3º colocado na tabela, com 50 pontos, está prestes a subir à Série A e fazer história, pois desde 1986, quando o Operário foi o lanterna da competição, o Mato Grosso não tem um representante na elite do futebol nacional.
Nada melhor do que uma vitória para dar tranquilidade, devolver a paz e também varrer alguns velhos problemas para debaixo do tapete. Este parece ser o caso do Atlético, que sofreu mais do que deveria sábado (26), no Mineirão, para derrotar por 2 x 0 o eventual rebaixado, o Coritiba. O time do Coxa se fechou bem atrás, mas não teve competência para aproveitar os contra-ataques nas recorrentes falhas da defesa do Galo, quando poderia ter aberto o marcador no 1º tempo. Bastou uma pequena melhora do Atlético na etapa final, sobretudo no setor de criação de jogadas, para fazer os dois gols da vitória, um deles um golaço do criticado Hyoran, que acabou sendo o melhor em campo.
Agora o time do técnico Jorge Sampaoli terá um longo intervalo, superior a duas semanas, até o próximo jogo pelo Campeonato Brasileiro, que será no dia 11 de janeiro, contra o Bragantino, no interior paulista. A 27ª rodada poderia ter sido muito boa para o Galo, isso se o São Paulo não tivesse derrotado o Fluminense, mantendo a diferença de sete pontos. O Flamengo só empatou com o Fortaleza e com isso o Atlético voltou à vice-liderança, ambos com 49 pontos ganhos, mas com o Galo tendo uma vitória a mais.
Esta é a última coluna de um ano que foi muito complicado para os brasileiros. E agradecemos a Deus, por nos dar mais um ano com vida e saúde; a nossos familiares, amigos, diretores do jornal Diário do Aço, Valtinho Oliveira e Waldecy Castro, pela confiança, ao pessoal da redação, aqui representados pelo jornalista Nivaldo Resende, além das empresas que depositaram a sua confiança no nosso trabalho e divulgam sua marca neste espaço por mais um ano: Laboratório Acil, Escola Mayrink, Roberto Escapamentos e Mecânica, Lano Bike e Casa do Ruralista. Que venha 2021! Muita luz, saúde e paz para todos nós. (Fecha o pano!)
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