27 de dezembro, de 2020 | 12:51
Padrasto é procurado pela polícia por abusar sexualmente de enteada de 16 anos
Conforme testemunhas, homem fazia adolescente usar medicamentos controlados para não poder resistir a suas investidas
A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrências de estupro consumado na manhã deste sábado (26). O caso teria ocorrido no bairro Veneza, em Ipatinga. No boletim, um homem de 42 anos é acusado de abusar sexualmente da enteada de 16.Quem procurou a polícia foi o pai da vítima, que disse ter ficado sabendo do ocorrido por meio de uma funcionária da escola estadual em que a filha estuda. A servidora da Educação procurou o pai na manhã de sábado e relatou que ela estava sofrendo abusos do padrasto. Com essa informação, o pai acionou a PM.
Em relato à PM, a funcionária disse que tentava acompanhar a menor ao perceber que ela apresentava um comportamento incomum, como sempre buscar se isolar nos cantos e parecer estar tensa e com medo das pessoas. Porém, por diversas vezes o padrasto da adolescente impediu que a funcionária da escola tivesse contato com a garota.
A servidora escolar também foi procurada pela irmã da adolescente recentemente, que contou ter abrigado a menina em casa após o padrasto ter cometido novo abuso. A irmã disse ainda que a menina foi ameaçada na presença da mãe. O padrasto teria dito: Se alguma das duas contar dos abusos ocorridos, que iriam ver quem era o verdadeiro [...]".
Abusos
A menor relatou que o padrasto criou uma conta falsa no Facebook. Por meio desse perfil, ele enviava fotos de seu pênis para a menina e exigia que ela enviasse fotos dela nua para ele. Em uma dessas fotos, a adolescente reconheceu que ela foi tirada do banheiro de sua casa e também na casa do autor.
A vítima ainda relatou que, devido à precariedade do quarto em que dormia, ela foi convidada pela mãe e pelo padrasto a dormir no quarto do casal. Contudo, a partir do momento em que foi dormir no quarto do casal, por diversas vezes sentiu que o autor estava passando a mão em suas partes íntimas e que, devido ao fato de tomar fortes medicamentos durante a noite, não conseguia reagir aos abusos do autor. Também contou que às vezes sentia que algo a penetrava, contudo não soube dizer se era o pênis do autor ou outro objeto.
Remédio controlado
Ainda em relato à polícia, a vítima contou que há aproximadamente quatro anos o autor a levou para uma consulta médica e desde então ela começou a fazer uso noturno do medicamento controlado rivotril. A mãe contou que a filha havia pedido para dormir em seu quarto, e que dormia numa cama improvisada aos pés da cama do casal; relatou ainda que a menina pediu para dormir junto dela, alegando que estava com muito medo.
A irmã da vítima confirmou que o padrasto levou a menina ao médico e que após isso ela começou a tomar rivotril. Também relatou que ele não permitia que outra pessoa levasse a menina às consultas. Contou ainda que o autor sempre fazia questão de que a vítima se deitasse e dormisse com roupas mais leves e soltas.
Autor ainda é procurado
Quando a polícia foi acionada, o autor fugiu e ainda não foi localizado. O Conselho Tutelar foi acionado pela vice-diretora e a conselheira orientou que a menina ficasse sob cuidados da irmã. A vítima foi encaminhada para avalição médica no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga.
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