30 de novembro, de 2020 | 16:29
Governo argentino faz alerta sobre outra nuvem de gafanhotos na fronteira com o Brasil
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), órgão de controle do governo da Argentina, alertou as autoridades brasileiras sobre a aproximação de uma nuvem de gafanhotos nas fronteiras com o Brasil.Arquivo/Senasa
A nuvem atual é composta por gafanhotos da espécie Chromacris speciosa, segundo o Senasa
A nuvem atual é composta por gafanhotos da espécie Chromacris speciosa, segundo o Senasa
De acordo com o Senasa, os insetos estariam na província de Misiones, na fronteira com as cidades brasileiras de Rincão Vermelho e Porto Xavier, no estado do Rio Grande do Sul.
A espécie de gafonhoto, no entanto, não é a mesma que chamou a atenção no país em agosto, quando houve uma primeira ameaça.
A nuvem anterior que se aproximou do sul brasileiro e que pode ter sido espantada por uma frente fria que naquela semana entrou no sul do país, era da espécie Schistocerca cancelatta, que possui uma capacidade migratória maior que a da nuvem atual, que é composta por gafanhotos da espécie Chromacris speciosa, informa a Senasa.
Os Chromacris são conhecidos no Brasil como gafanhotos-soldado e pertencem ao gênero Zoniopoda, que não costuma realizar grandes vôos. A menor aptidão para voar longas distâncias deve amenizar as preocupações de agricultores gaúchos.
Eles não causam males diretos à saúde humana, mas o potencial destrutivo dos gafanhotos em relação às plantações permanece alto. Segundo os biólogos as nuvens de gafanhotos migram toda vez que acabam-se os alimentos de um determinado lugar.
Gafonhoto-soldado
O gafanhoto-soldado recebe este nome por conta das cores de sua superfície, que se assemelham à camuflagem das fardas.
Os gafanhotos-soldado são conhecidos por serem pragas ocasionais, ou seja, os enxames se formam esporadicamente e podem prejudicar, em especial, as plantações de alimentos como cana-de-açúcar, eucalipto e tabaco.
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