30 de novembro, de 2020 | 00:01

Sem favoritismo

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O Cruzeiro entrará em campo amanhã, às 21h30, no Independência, contra o América, em jogo válido pela 25ª rodada da Série B nacional, numa condição rara de ser ver em anos ou décadas: não é favorito do confronto.

O Coelho, vice-líder 44 pontos ganhos, a apenas três atrás da líder, a Chapecoense, está classificado para a semifinal da Copa do Brasil e vive um melhor momento com um time sem medalhões, mas muito aplicado, sob o comando eficiente do técnico Lisca.

A vitória será fundamental para a equipe celeste, pois vem de um resultado negativo, outro vexame dado dentro de casa, a derrota de 2 x 1 para o modesto Confiança de Sergipe, que o fez cair ao 16º lugar com 28 pontos ganhos, sete à frente do Náutico, o primeiro time da zona de rebaixamento.

Ducha fria
A derrota para o Confiança foi uma espécie de ducha de água fria na torcida cruzeirense, animada depois da vitória maiúscula obtida fora de casa sobre a Chapecoense, na rodada anterior.

O que se viu, sobretudo no 1º tempo, na derrota para o time sergipano, foi um time apático, surpreendido por um adversário cujo principal mérito foi correr bastante, premiado ao final com o resultado positivo.
Os números ruins mostram a fragilidade do Cruzeiro nesta temporada, dentro do Mineirão, onde se transformou numa verdadeira teta para qualquer adversário.

Tomar “gol olímpico” do Confiança, com todo o respeito ao time do Nordeste, tendo sofrido antes três escanteios seguidos com cinco minutos de jogo, é algo inadmissível para um time que deseja subir à Série A e sair desta situação esdrúxula em que se encontra, ainda mais considerando a história e grandeza do Cruzeiro.

Felipão não pode ser isentado de culpa por esta derrota, pois errou feio ao bancar a escalação de Patric Brey, um jogador sempre abaixo da crítica, péssimo dos péssimos em todos os sentidos, que não tem a mínima condição de vestir uma camisa que na sua posição já esteve na pele de tantos bons jogadores, como Vanderlei, Neco, Nonato, Leandro Buchecha e Sorín, só para citar alguns deles.

FIM DE PAPO
• O Cruzeiro de Felipão vai tentar evitar algo que não acontece desde 1991, que é terminar uma temporada sem nenhuma vitória em clássicos. Na atual, por causa da queda precoce do time, ainda na fase de classificação do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro só encarou uma vez o seu maior rival, o Galo. E perdeu de 2 a 1. Na mesma competição regional houve um empate com o América, em 1 x 1. Nesta Série B foi derrotado pelo Coelho, por 2 x 1, no primeiro turno.

• A rodada passada da Série B foi muito ruim para América e Cruzeiro, sendo que o primeiro só empatou com o lanterna, o Oeste, e o segundo perdeu em casa para o Confiança. Interessantes mesmo foram as reações dos dois treinadores, Lisca Doido e Felipão, que preferiram falar mal e criticar as arbitragens do que explicar as más atuações e vacilos de suas equipes. A Série B não tem VAR e os assopradores de apito são ainda piores do que os da Série A, mas não há indícios de maracutaia para beneficiar este ou aquele clube.

• O Atlético tem a semana livre de treinos e aproveita para recuperar fisicamente todos os jogadores, por conta dos que estiveram afastados após a contaminação pela Covid-19. O time só voltará a campo domingo, às 16h, contra o Internacional, no Mineirão, confronto direto entre dois postulantes ao título do Brasileirão.

O problema é que a carne é fraca, miolo é mole e a irresponsabilidade aparece: os jovens Marrony e o colombiano Dylan Borrero acabaram vistos em uma boate na madrugada de domingo para segunda-feira. Havia aglomeração e nem todos usavam ao menos máscara no recinto, onde foram flagrados em vídeo, que logo viralizou nas redes sociais. Os dois acabaram despertando a ira de torcedores atleticanos, que os hostilizaram bastante. Só não houve agressão física devido à pronta intervenção da Polícia Militar e de seguranças da casa noturna.

• Enquanto uns trabalham, outros se divertem e a vida segue. O torcedor alvinegro vem sendo bombardeado por uma quantidade enorme de previsões estatísticas, sobre as chances de o time vir a ser ou não campeão deste Brasileirão. A última e mais simples de entender é do matemático Marcel Martinez, da UFMG, para quem o Atlético precisa de 10 vitórias nas 15 partidas que restam da disputa, para ficar com o título que persegue há 49 anos.

Na visão dele, no máximo dois times ultrapassarão a marca dos 70 pontos. E, caso o Galo consiga 30 pontos, chegará aos 72, o que dá 98,8% de chances de conquista. “No futebol brasileiro tudo pode acontecer, inclusive nada”. Juca Kfouri. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Tião Aranha

01 de dezembro, 2020 | 08:37

“A tal de balada vem acabando com o pouco que resta do futebol, tá certo os times europeus cobrarem muito dos seus jogadores no que tange a vida lá fora dos gramados. A Psicologia diz que neste mundo tudo está ligado. Cada um sabe de si.”

Envie seu Comentário