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29 de novembro, de 2020 | 08:00

De Timóteo para o mundo

Volante Balu iniciou sua carreira no Vale do Aço e ainda na adolescência migrou para o futebol internacional, onde fez a maior parte de sua trajetória

Álbum pessoal
Atualmente defendendo o Alta Lisboa, de Portugal, Balu já jogou na Grécia, Chipre e AngolaAtualmente defendendo o Alta Lisboa, de Portugal, Balu já jogou na Grécia, Chipre e Angola

Alta de Lisboa, União Futebol Comércio e Indústria, FC Setúbal, CD Fátima, Vilafranquense e Belenenses (Portugal); Chalkida FC, Lamia, Panserraikos, Panachaiki, Panthrakikos e Trikala (Grécia), AEP Paphos (Chipre) e Bravos de Maquis (Angola), estes foram os clubes pelos quais passou o volante Fábio Vieira Amaro, o Balu, de 35 anos. O jogador nascido em Timóteo iniciou sua carreira na escolinha de futebol de Daniel Martins, o Bola Cheia. Depois de começar a jogar futebol na escolinha do Acesita, com Daniel Martins, ele seguiu aos 16 anos para o Monlevade Esporte Clube, de João Monlevade, que disputava as categorias de base do Campeonato Mineiro, e de lá foi para o Corinthians de Alagoas, clube cuja tradição é formar jogadores e vender para clubes de vários continentes.
 
Início no Marítimo 

Filho de Levi Procino Amaro, que já faleceu, e de Rosalina Vieira Amaro, Balu tem quatro irmãos: Viviane, José, Diego e Débora. Ele optou por deixar a família logo cedo para iniciar sua jornada no mundo da bola. Após jogar numa cidade próxima e num estado distante, Balu iniciou sua carreira internacional na metade dos anos 2000, quando foi contratado pelo Marítimo, de Portugal. “Em 2005 fui para Portugal e desde então só atuei fora do Brasil”, conta Balu, que relatou ter trabalhado com bons empresários, mas que hoje toca sua carreira sozinho. “Já trabalhei com o Pedro Torrão em Portugal, que me ajudou muito; o Neto Guerrino na Grécia, que também jogou no Atlético. Mas hoje, com o conhecimento que adquiri, consigo resolver minhas coisas sozinho”, ressalta.
 
Projetos

Atualmente, o volante veste a camisa 26 do Alta Lisboa e disputa em Portugal o equivalente à Série D brasileira. “Ainda não sei se renovo meu contrato aqui ou volto para o Brasil. Tenho planos de voltar para acompanhar o crescimento do meu filho, o José Fábio, que está com cinco anos”, fala o atleta. 

“Hoje não tenho mais objetivo de disputar uma primeira ou segunda divisão. Já realizei tudo que tinha para realizar no futebol. Já consegui subir de divisão com o Portimonense depois de 20 anos, quando fui eleito o melhor volante do campeonato e também estive no Belenenses, onde passou o treinador Jorge Jesus (ex-Flamengo)”, relembra.

Sobre os planos de voltar ao Brasil, Balu tem por objetivo juntar mais dinheiro na Europa para investir em imóveis em sua terra natal. “Não tem lugar melhor que o nosso não”, destaca. Além de tentar garantir sua estabilidade financeira, o volante pensa em seguir trabalhando com o futebol após a aposentadoria. “Quero usar meu conhecimento para abrir portas para futuros atletas fora do país”, planeja.
 
Álbum pessoal
Para o volante, a disciplina foi a principal característica que o fez ter sucesso na carreiraPara o volante, a disciplina foi a principal característica que o fez ter sucesso na carreira
Fatos marcantes

Ao longo de sua carreira, Balu já atuou com e contra dezenas de jogadores que admira. “Já tive o prazer de jogar com Caíco, ex-Santos; Souza ex-Flamengo; Zé Carlos ex-Botafogo; Kanu ex-Cruzeiro e Ipatinga. O Kanu, que vive em Ipatinga hoje, virou meu amigo pessoal. Também já fui treinado por Sebastião Lazaroni e Paulo Bonamigo”. Como ídolo, Balu citou o volante Patrick Vieira, campeão do mundo com a França em 1998.

A respeito dos jogos que mais ficaram vivos em sua memória, o jogador cita uma partida que disputou na Grécia, na época em que seu pai faleceu. “Eu tinha acabado de perder meu pai. Fui para o Brasil acompanhar o velório e voltei para a Grécia. No jogo seguinte fiz o gol do título, quando fomos campeões da segunda divisão”, relembra o volante. “Mas o maior título da minha vida foi dar para meu pai um terreno pra ele poder plantar e cultivar as coisas que ele gostava quando estava vivo. Não há título melhor que esse na vida”, destaca.

A vida fora do Brasil proporcionou não apenas a evolução no futebol, mas também a possibilidade de conhecer diversas culturas. Para Balu, o país mais encantador pelo qual passou foi a Grécia. “Sobre estádios de futebol, o melhor onde já joguei foi o Estádio Olímpico na Grécia, a casa do AEK Atenas”.
 
Disciplina

Depois de passar tantos anos fora de seu país de origem, defendendo equipes por diferentes países, Balu diz que quer ser um exemplo para os jovens. “Quero ser exemplo de um menino que saiu de Timóteo aos 16 anos e não voltou mais. Se você tiver disciplina e força de vontade você consegue tudo”, garante.
 


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Comentários

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Thuane

02 de dezembro, 2020 | 09:57

“Pessoa maravilhosa que tive o prazer de conhecer e conviver, Deus abençoe seus caminhos e projetos....”

Marcos Antonio

30 de novembro, 2020 | 09:33

“parabens balu pode nao ter virado um grande jogador mas virou um grande homem pela sua historia de vida e ser uma pessoa humilde legal”

Claudiomar da Silva Nunes

29 de novembro, 2020 | 14:54

“Balu!
Exemplo de humildade! Onde o fez chegar em suas conquistas!
Parabéns Balu!
Deus abençoe vc!
Abraços!

Claudiomar”

Tião Aranha

29 de novembro, 2020 | 10:18

“Bonita história, o lado cômico da questão 'é ser obrigado a sair do país' pra ver realizado o seu grande sonho'. Nosso país tinha tudo pra dar certo, não fosse a corrupção. Pois eu, pro outro lado penso: - se Deus me colocou aqui, logo, é aqui que minha estrela haverá de brilhar. O caso deste cidadão Que sirva de exemplo pros governantes desta nação dando condições de preparo pra milhares de crianças que têm o mesmo sonho deste Dele. Estou começando a entender o que o meu avô dizia: "O homem e o porco, só depois de morto. Porque depois que perdem o respeito pelo homem, haja Deus!".”

Roberto

29 de novembro, 2020 | 09:45

“Achei que tinha jogado em algum clube grande ou com jogadores famosos, nesta idade já é aposentadoria mesmo, mas podia fazer reportagem de outros jogadores de futebol de Timóteo que realmente jogaram muito e até disputaram a liga dos campeões da Europa e até mesmo jogou contra Cristiano Ronaldo entre outros!”

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