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25 de novembro, de 2020 | 13:25

Ídolo argentino, Maradona morre aos 60 anos

Paulo Pinto/Fotos Públicas
Ídolo argentino, Maradona morre aos 60 anosÍdolo argentino, Maradona morre aos 60 anos

O maior ídolo do futebol argentino, e também um dos maiores do mundo, Diego Armando Maradona morreu na manhã desta quarta-feira (25), aos 60 anos. A notícia foi dada em primeira mão pelo jornal argentino “Clarín”. Maradona faleceu em casa, na cidade de Tigres, próxima a Buenos Aires, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

No início de novembro, o ex-jogador foi submetido a uma delicada cirurgia no cérebro após a descoberta de uma pequena hemorragia no local. Maradona ficou internado por dez dias e teve alta no dia 12 de novembro e, desde então, estava em casa, de repouso. A permanência dele no hospital havia sido estendida a pedido da família, por causa de uma "baixa anímica, anemia e desidratação" e um quadro de abstinência devido ao vício em álcool.
Nascido em Lanúns, no dia 30 de outubro de 1960, Maradona deixa esposa e cinco filhos.

Equipes e títulos

Ao longo de 21 anos de carreira, Maradona passou pelas equipes do Argentinos Juniors, Boca Juniors, Barcelona, Napoli, Sevilla e Newell's Old Boys. Com o Boca, Maradona conquistou o Campeonato Argentino (1981); no Barça ele faturou a Copa do Rei (1983), Copa da Liga Espanhola (1983) e Supercopa da Espanha (1983); jogando pelo Napoli, Dom Diego ganhou os títulos da Copa da Uefa (1989), Campeonato Italiano (1987 e 1990), Copa da Itália (1987) e Supercopa da Itália (1990). Na seleção argentina, Maradona liderou a equipe na conquista do bi da Copa do Mundo em 1986.

Em sua carreira de treinador, Maradona comandou o Al Wasl e Al-Fujairah (dos Emirados Árabes Unidos) e, por último, estava no Gimnasia y Esgrima (da Argentina). O craque também comandou a seleção azul e branca, entre 2008 e 2010. Na Copa do Mundo da África, a seleção foi eliminada pela Alemanha, por 4 a 0, nas quartas de final.

Paixão Maradoniana

O ex-jogador é adorado pelo povo de seu país. A paixão é tanta que, em 1998, fãs criaram a “Igreja Maradoniana”, na cidade de Rosário, para idolatrar Maradona. Os fiéis tomaram o dia de nascimento do craque, 10 de outubro, como novo “Natal”, com calendário dividido em antes e depois de Diego (A.D. e D.D.).

A paixão do povo argentino é explicada, claro, pela campanha do título Mundial de 1986, comandada por Maradona, mas também pela forma como o craque defendia seu país em campo. Um dos fatos mais marcantes da história de Dom Diego é o famoso gol de mão marcado contra a Inglaterra nas quartas de final do Mundial de 86, no dia 22 de junho.
No segundo tempo, no Estádio Azteca, no México, após bola levantada na área, Maradona correu em direção à área e, com o punho cerrado, empurrou a pelota para dentro da rede. A Argentina venceu a Inglaterra por 2 a 1 e garantiu vaga na semifinal.

Ao fim do jogo, ao ser questionado pelos jornalistas como fez o gol, Maradona respondeu: “um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus”. La mano de dios ainda vive no imaginário dos apaixonados pelo futebol e dos jogadores. Na Copa do Mundo de 2006, Messi usou a chuteira com a inscrição “La mano de dios 86”.

O fato que causou a ira dos ingleses ocorreu quatro anos após o fim da Guerra das Malvinas, em que a Argentina tentou e não conseguiu recuperar os territórios da costa da Patagônia dos britânicos (que os ocupavam desde o século 19).

Seleção

Maradona estreou pela seleção da Argentina aos 16 anos, em 1977, mas não foi convocado para a Copa de 78, em casa, quando o país conquistou o primeiro título mundial. Depois de conquistar o torneio em 86, ele voltou a atuar pela equipe em 1990, ocasião em que os Hermanos eliminaram o Brasil na semifinal. A carreira dele em Copas foi encerrada em 1994, quando ele foi flagrado no exame antidoping.

Luta contra as drogas

Fora de campo, Maradona lutou grande parte de sua vida contra o vício em drogas e álcool. Em sua autobiografia, o craque revelou que começou a usar drogas ao chegar ao Barcelona, no começo dos anos 80. Em 1991, quando atuava pelo Napoli, foi suspenso após ser flagrado no exame antidoping pelo uso de cocaína. Na Copa de 1994, a substância proibida encontrada em seu exame foi a efedrina, que além de ser usada em remédios para emagrecer é um estimulante.

Despedidas

A morte de Diego Maradona causou comoção em todos os amantes do futebol. Ao longo da quarta-feira, diversos jogadores, comentaristas, narradores, jornalistas e clubes postaram homenagens ao craque. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou lutou de três dias no país.

A comoção foi tanta que a partida Internacional x Boca Juniors, marcada para a noite de quarta-feira, no Beira-Rio, foi adiada pela Conmebol. Os atletas do Boca já estavam em Porto Alegre e deixaram o Brasil pouco depois de saberem da notícia da morte de Maradona. O jogo de ida das oitavas da Copa Libertadores agora será disputado na próxima quarta-feira (2). O confronto de volta será no dia 9, em La Bombonera.

A jornalista da Folha de São Paulo, Sylvia Colombo, correspondente em Buenos Aires, informou que o corpo do ex-jogador será velado a partir da manhã desta quinta-feira (26) na Casa Rosada, sede da presidência da República Argentina.
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Comentários

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Victor Hugo

26 de novembro, 2020 | 07:06

“Infelizmente ontem no dia 25/11/2020 morreu uma lenda do futebol conhecido pela sua maestria com a bola , pelo seus gols incríveis e polêmicos e como não poderia ser diferente a morte desse homem inigualável para o futebol , mexeu com todo mundo do futebol . Um dos maiores jogadores que o futebol mundial já viu jogar. Um amigo e rival de profissão para Pelé .O futebol sentirá falta dessa lenda !”

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