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20 de novembro, de 2020 | 17:37

Repercute no mundo a morte de aposentado espancado em supermercado

Reprodução
O aposentado João Alberto morreu espancado depois de uma discussão no caixa em um supermercado de Porto Alegre O aposentado João Alberto morreu espancado depois de uma discussão no caixa em um supermercado de Porto Alegre

A Anistia Internacional lamentou a morte de um homem negro agredido no estacionamento de uma loja da rede de supermercados Carrefour, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e classificou como inadmissível a atuação violenta de agentes da segurança pública ou privada. O aposentado João Alberto Silveira Freitas, 40, morreu na noite de quinta-feira (20) após agressões de um segurança e um Policial Militar fora de serviço.

Conforme o governo gaúcho, os agressores foram presos e responderão por homicídio doloso (quanto tem a intenção de matar). Os dois foram identificados como Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva.

A polícia informou que aguarda o laudo pericial e mais imagens de câmera para esclarecer o caso. A investigação que está a cargo da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os relatos indicam que João Freitas teria discutido com a caixa do estabelecimento e, agitado, foi conduzido pelo segurança até o estacionamento da loja, no andar inferior. Um policial militar temporário - funcionário contratado pela Brigada Militar por tempo determinado, para atividades administrativas -, acompanhou o deslocamento, que acabou no espancamento de Freitas até a morte.

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O aposentado João Alberto Silveira Freitas tinha 40 anosO aposentado João Alberto Silveira Freitas tinha 40 anos
Milena Borges Alves, esposa de João Alberto, testemunhou o assassinato de seu marido. Em entrevista para a Rádio Gaúcha, ela contou que pagava as compras, enquanto o marido foi na frente em direção ao estacionamento, que fica no piso inferior da loja. João Alberto chegou a realizar um gesto para a esposa, que achou que seu companheiro estivesse brincando.

"Quando eu cheguei lá embaixo ele já estava imobilizado. Eu tentei me aproximar, mas os seguranças me empurraram. Ele disse para mim: 'Me ajuda, Milena'", contou a esposa.

A cena, filmada por uma das pessoas que estavam no estacionamento, viralizaram nas mídias sociais e são comparadas ao que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado por policiais nos Estados Unidos. O caso brrasileiro tem repercussão, entre outros fatores, por ter ocorrido à véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nessa sexta-feira.

Em nota, o Carrefour informou que lamenta profundamente o caso e que já foi iniciada uma rigorosa apuração interna sobre o caso. A rede alega ter tomado providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.
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