
17 de novembro, de 2020 | 06:04
Barroso pede que PF investigue ataque hacker ao sistema do TSE
Presidente do TSE fala sobre a demora de 3 horas na apuração de votos, atribuída a múltiplos ataques que precisaram ser combatidos pela defesa
André Richter - Repórter da Agência BrasilAntonio Augusto/Ascom/TSE
No domingo (15), durante o horário da votação, o sistema de informática do TSE foi alvo um ataque de múltiplos acessos; no entanto, o ataque foi neutralizado pelo sistema de defesa e não houve vazamento de dados, segundo explicou o ministro Barroso

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, nessa segunda-feira (16) que a Polícia Federal (PF) investigue ataques cibernéticos aos sistemas da Corte.
Durante imprensa coletiva à imprensa no início da noite, Barroso disse que há suspeitas de articulação de grupos cibercriminosos para desacreditar o sistema de votação eletrônica no Brasil.
No domingo (15), durante o horário da votação, o sistema de informática do TSE foi alvo um ataque de múltiplos acessos. No entanto, o ataque foi neutralizado pelo sistema de defesa e não houve vazamento de dados, segundo o tribunal.
As tentativas de invasão foram feitas por meio de servidores localizados no Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. Esse sistema não tem relação com a apuração dos votos, que ocorre por meio de uma rede privada.
No mesmo dia, foram divulgados na internet dados pessoais de ex-servidores e ex-ministros. Segundo o presidente, os dados são antigos e foram liberados em sites da internet para tentar desacreditar a segurança da votação.
Os dados vazados tinham mais de dez anos de antiguidade e divulgação foi feita no dia das eleições para procurar causar impacto e trazer a impressão de fragilidade no sistema. Ao mesmo tempo que esses dados foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura, e muitos deles são investigados pelo STF”, afirmou.
Sobre o atraso de três horas na divulgação dos resultados, Barroso disse que a Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, será acionada para tentar resolver o problema para o segundo turno.
A forma de totalização (soma dos votos) centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelo tribunais regionais eleitorais e foi alterada por motivos de segurança e de custos.
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Viviane Soares Pinto
17 de novembro, 2020 | 20:51Em Santana do Paraíso MG as urnas deram muitos defeitos também, suspeitamos fraudes nas urnas , tinha urna que a foto do candidato não tava aparecendo.”