27 de outubro, de 2020 | 10:00

Centro de castração animal deve ser inaugurado em breve em Ipatinga

Ipatinga deve ganhar, em breve, um centro de castração animal. A informação é da secretária municipal de Saúde, Érica Dias. A estrutura, que ficará instalada no Centro de Controle de Zoonoses, no bairro Cidade Nobre, era aguardada havia anos e dará vazão a uma demanda antiga. Após receber questionamentos de leitores em relação ao tema, o Diário do Aço procurou a administração municipal, que disse depender da apreciação do Conselho Estadual de Medicina Veterinária, que iria deliberar sobre as condições do local em plenária, programada para a tarde de segunda-feira (26).

Num primeiro momento, o foco do centro será castrar os animais, cães e gatos, errantes (de rua, sem residência). Por meio da titular da pasta de saúde, a reportagem recebeu a atualização de que o objetivo já era de ter iniciado o atendimento. Entretanto, surgiram necessidades de adequações, exigidas pelo Conselho Federal de Medicina. “Como a compra de equipamentos, contratação de clínicas, situações que não dependem do poder público. Precisamos encontrar alguém que nos forneça o produto para fazermos o orçamento, também de uma clínica que tenha interesse em se cadastrar junto ao município. São dificuldades que encontramos e que, diante disso, tivemos de criar um plano B, e em cima dele nos adequamos para iniciarmos o atendimento”, afirmou Érica Dias.

Ipatinga nunca teve um local para castração, conforme destacou a secretária de Saúde. “Apenas em casos específicos, de um animal ou outro numa situação de doença. Mas montar um centro com o objetivo de diminuir a população desses animais nas ruas e dos acumuladores é a primeira vez. Foi criada a lei, nada mais que isso foi feito. O que fez a diferença para que o projeto pudesse ser tirado do papel foi planejamento, organização da equipe e interesse de fazer acontecer, o que é fundamental. Tivemos vários problemas num plano A e partimos para o B. Porque temos condições de fazer, com gestão de recursos humanos e sem onerar folha”, ponderou.

Atendimento

Inicialmente, o objetivo era castrar 300 animais por mês. “Como tivemos de adequar alguns pontos, vamos trabalhar de acordo com a realidade. Isso porque depende de como o animal irá reagir. Precisamos acompanhá-lo, pois se houver alguma intercorrência com esse bicho, terá de ser monitorado. Se o médico tem uma planilha para operar cinco pessoas e uma delas precisa de mais tempo na mesa de cirurgia, irá demandar mais tempo e terá de cancelar as outras. Assim ocorre com o animal. Tudo vai depender do ato cirúrgico em si. É um ato simples, mas que depende de como o animal está”, contextualiza Érica.

Ainda conforme a secretária, a pandemia da covid-19 atrasou parte do planejamento. “Não fosse por ela, já teríamos começado esse atendimento no primeiro semestre e talvez tivéssemos chegado a nível regional, abrangendo a microrregião de Ipatinga”, concluiu.