26 de outubro, de 2020 | 16:00

Bom começo

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O Cruzeiro merecia a vitória, porque jogou melhor, mas no fim das contas, o empate obtido com o Náutico, por ter sido fora de casa, não foi de todo ruim. Não há como negar que os jogadores estão mais confiantes, que se esforçam o máximo, dão tudo o que podem pela vitória e para agradar o técnico Felipão, que só não consegue tirar mais deles porque não tem mais o que extrair.

O atual elenco celeste é limitado e os mais experientes não estão correspondendo à altura, mas mesmo assim conseguiu, sob o comando de Felipão, ganhar quatro dos seis pontos disputados fora de casa.
Agora a diretoria precisa entrar em cena e contratar dois ou três reforços, encorpando o time, que primeiro precisa deixar a zona de rebaixamento para depois sonhar com algo melhor.

Galo oscila
O Atlético oscila, felizmente ainda em tempo de se recuperar e voltar a vencer, mas para isso o time precisa ser efetivo, sobretudo os homens de ataque, que não conseguem pôr a bola na casinha.
Depois de várias rodadas na liderança, nos últimos quatro jogos conseguiu apenas uma vitória, em casa, sobre o Goiás, amargando dois empates e uma derrota, o que o fez cair para a terceira posição.

Além da falta de um centroavante de ofício, o técnico Sampaoli precisa se reinventar, pois os adversários já descobriram como parar o Galo e vencê-lo, explorando as costas de seus laterais e a marcação fraca no meio, por conta do DNA ofensivo, sobretudo dos seus volantes.
A torcida alvinegra chegou a acreditar que o time atual poderia conquistar o título, mas agora já se mostra pessimista, até mesmo em relação a uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores.

FIM DE PAPO
• Nesta coluna, ou nos comentários diários feitos na Rádio Vanguarda, tenho dito que o Flamengo é o grande favorito ao título e que o Internacional é seu principal concorrente. O Atlético corre fora da raia, investiu pesado e tem como grande trunfo o técnico Jorge Sampaoli, um dos melhores do mundo. Mas falta no elenco alvinegro um jogador diferenciado, capaz de chamar para si a responsabilidade e definir partidas, quando as coisas estiverem complicadas. Em maior número, o Flamengo e o Internacional dispõem destas peças que fazem a diferença.

• Sampaoli tem o grupo de jogadores nas mãos, e não há corpo mole. Todos estão correndo muito em campo, sejam mais jovens ou mais experientes. Falta mesmo é qualidade de alguns deles, como é o caso de Guga, que não consegue acertar um passe de dois metros, e Sasha, que é apenas esforçado e está fazendo às vezes de centroavante. No último domingo, o comentarista da rádio Itatiaia, Cadu Doné, após o empate de 2 x 2 entre Internacional e Flamengo, foi muito feliz ao dizer que, “se juntar os elencos do Inter e do Galo, não dá para encarar o Flamengo de igual para igual”.

• Jamais vou esquecer uma conversa que ouvi há alguns anos, entre meu saudoso pai e um compadre, durante visita a alguns parentes na sempre bela e pacata cidade de Itanhomi. “A velhice é um fardo insuportável”, disse o compadre a meu pai. O goleiro Fábio está para completar 40 anos de idade, o que, para um jogador de futebol, mesmo sendo goleiro, é um fardo difícil de suportar. O fato é que ele tem tomado alguns gols que dificilmente levaria, não fossem os reflexos diminuídos em razão da sua idade já avançada para a prática do futebol em alto rendimento.

• Alguns jogadores cascudos do elenco celeste, como Marquinhos Gabriel, Sassá, Marcelo Moreno, Arthur Caike, Léo e Régis, que poderiam puxar o bonde azul para cima, estão física e tecnicamente mal. Após o empate em Recife, vieram as mesmas reclamações da qualidade do gramado e arbitragem, que é mesmo muito ruim. Nada disso, porém, serve de justificativa para a vitória não ter acontecido. Mas o importante a ser exaltado é que este novo time do Cruzeiro, comandado por Felipão, está cortando na alta e pode melhorar com a chegada de reforços. (Fecha o pano!)
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