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25 de outubro, de 2020 | 10:00

Alta demanda por bicicleta dispara vendas, mas mercado enfrenta desafios

Tiago Araújo
Nilma de Souza destacou que, durante a pandemia de covid-19, a demanda por bicicletas aumentou 50%  Nilma de Souza destacou que, durante a pandemia de covid-19, a demanda por bicicletas aumentou 50%

(Tiago Araújo - Repórter do Diário do Aço)

Faz bem para a saúde, não polui o meio ambiente e contribui na economia financeira pessoal. Esses são alguns dos benefícios para aqueles que utilizam a bicicleta no dia a dia. Com o início da pandemia, esse meio de transporte se tornou ainda mais comum na sociedade, sendo utilizado até mesmo como uma atividade para se distrair diante de um cenário conturbado.

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) mostra que, desde maio, as vendas no país apontam para um crescimento exponencial. Em agosto, o aumento foi de 93% se comparado com o mesmo período do ano passado. Estes dados apontam para um processo de migração para a bicicleta, com milhares de brasileiras e brasileiros mudando de hábito e incluindo as “magrelas” em suas vidas.

Alternativa

Conforme Nilma de Souza, proprietária de uma loja de bicicletas no bairro Veneza II, em Ipatinga, a prática de pedalar foi uma alternativa encontrada por muitas pessoas para se deslocarem durante o período da pandemia. “No início da pandemia, as pessoas queriam evitar ficar próximas uma das outras dentro dos ônibus. Dessa maneira, muitos preferiram realizar o trajeto até o seu serviço de bicicleta. Com isso, passaram até a fazer mais manutenção, já que muitas bicicletas estavam paradas dentro de casa”, afirmou.

Aumento na demanda

Nilma ressalta que a demanda por bicicletas em sua loja aumentou em cerca de 50%, porém, enfrenta certas dificuldades no mercado atualmente. “Como a demanda aumentou bastante e o mercado de peças está bem reduzido, devido aos problemas causados pela pandemia, algumas peças estão em falta. Dessa forma, temos buscado alternativas para fazer a manutenção e para vender novas bicicletas. No entanto, o preço aumentou bastante, em média de 30%, mas aqui a procura pela bicicleta ainda continua”, afirmou.

Tiago Araújo
Tiago Millian informou que na loja em que trabalha há uma fila de espera de 80 pessoas para comprar bicicletasTiago Millian informou que na loja em que trabalha há uma fila de espera de 80 pessoas para comprar bicicletas
Impactos

Esse cenário de falta de peças também é citado por Tiago Millian, gerente de uma loja de bicicletas no bairro Veneza I, em Ipatinga. Ele lembra que no início da pandemia houve crescimento de vendas, que se manteve por um tempo, mas devido à falta de peças e bicicletas novas, os negócios vêm sofrendo impactos. “Atualmente já existe uma diminuição considerável da demanda por falta de matéria-prima no mercado, como componentes, acessórios, peças em geral, Equipamentos de Proteção Individual (EPI,s) e vestuários. A pandemia impactou o mundo todo, em diversos setores, e isso também respingou em nosso mercado”, explicou.

Fila de espera

Conforme o gerente, entre o início da pandemia até junho, a demanda por bicicletas aumentou em torno de 60%, a partir de julho já começou a ter uma diminuição da procura devido à falta de peças, que prejudicaram a montagem de bicicletas. “Diversas fábricas deste setor não estão aceitando mais nossos pedidos, porque não têm como nos atender. Cada fábrica depende de outros fabricantes e de outros componentes, então quando falta componente em um, atrapalha a produção dos outros. Dessa forma, estamos atualmente com uma fila de espera de em torno de 80 pessoas que aguardam por bicicletas para comprar”, informou Millian.

Arquivo pessoal
O ciclista Maurício Lopes salientou que a prática de pedalar proporciona diversos benefícios O ciclista Maurício Lopes salientou que a prática de pedalar proporciona diversos benefícios
Bem-estar

Para o técnico de manutenção Maurício Lopes, de 40 anos, a prática de pedalar foi uma das alternativas encontradas para se sentir melhor durante a pandemia. “Gosto de apontar dois pontos que me incentivaram a pedalar mais neste cenário. Um é que o ciclismo é uma prática esportiva que contribui para manter a imunidade em alta, o que amenizaria os efeitos da covid. E outra é a interação que o ciclismo promove. É um esporte coletivo que não tem contato, mas tem interação durante a sua prática”, afirmou.

Distração

Maurício destaca que o pedal foi bastante benéfico para ele durante esse período. “Serviu para distrair e esquecer um pouco a pandemia. Com isso passei a me sentir melhor. Deu aquela ‘quebrada’ na preocupação, porém, sem se esquecer das medidas preventivas durante a prática do pedal, como o distanciamento, máscara, álcool em gel e outras. Gosto de lembrar que comecei essa prática porque era hipertenso e precisava me exercitar. Hoje já nem preciso mais tomar remédio para pressão. Portanto, pedalar faz muito bem para mim”, pontuou.
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Comentários

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Sebastião Carvalho

26 de outubro, 2020 | 22:28

“Por se tratar de um meio de transporte limpo não prejudicial ao meio ambiente e saudável para quem pratica, nosso governo deveria olhar com carinho e baixar os impostos inceridos na compra de uma bicicleta. Assim conseguiriamos desafogar o trânsito e as procuras pelos médicos e hospitais no tratamento de hipertensos, diabéticos etc. Por favor pensem nisso, o preço de uma bicicleta subiu exorbitantemente. Deus abençoe a todos vcs.”

Fernando

26 de outubro, 2020 | 16:06

“Pk esta tao caro as bikes e as peças??? Poderia fazer uma matéria sobre isso.. muito imposto envolvido nisso ... pra todas saberem qnt ten de imposto em uma bike...ta ai a dica”

Rosana Rodrigues Silva

25 de outubro, 2020 | 16:13

“Pena que nao tem ciclovias q presta. Aqui em Timóteo é horrível, do macuco ate a praça é muito ruin.”

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