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19 de outubro, de 2020 | 16:00

Grande desafio

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
A noite de hoje certamente reserva fortes emoções para o torcedor celeste, que verá a estreia de Felipão no comando da equipe contra o Operário, em Ponta Grossa, no interior do Paraná. Trata-se da última esperança para afastar a má fase e o time voltar a vencer, para, quem sabe, ainda sonhar com o retorno à Série A no próximo ano.

Com a experiência de quem já viveu momentos de êxito, como a conquista de um Campeonato Mundial com a Seleção Brasileira, em 2002, Felipão terá agora um dos maiores desafios de sua longeva carreira.
Na parte motivacional não há dúvida quanto à sua competência, mas não há certeza alguma de que isto será suficiente para alterar o quadro atual, devido ao elenco que o Cruzeiro tem à disposição, que até agora se mostrou incapaz de superar adversários mais fracos e menos tradicionais.

Em 16 rodadas, o time estrelado só marcou 13 pontos e aparece em 19º lugar na tabela, precisando somar ao menos 49 dos 66 pontos que ainda irá disputar. Ou seja, vai ter de mudar da água para o vinho e atingir 74% de aproveitamento a partir de agora, contra os atuais 39,6%.

Pouca coisa
A chegada de Felipão ao Cruzeiro, na semana passada, fez o time melhorar um pouco de rendimento, mas ainda não o suficiente para vencer o Juventude, no Mineirão.

A equipe não saiu do empate de 0 x 0, muito por conta de um pênalti defendido por “São” Fábio, que felizmente voltou a operar seus milagres e salvou o time celeste de outro fiasco.
Diante deste quadro, não resta alternativa ao torcedor cruzeirense senão acreditar que Felipão poderá ser o “salvador da pátria”, que fará um time preguiçoso vencer e saltar dos atuais 39% de aproveitamento até atingir 75%, o que lhe daria, até o fim da disputa, os 62 pontos necessários ao acesso.

Felipão já viveu algo semelhante no Palmeiras, em 2018, quando assumiu o time na 15ª rodada, em 7º lugar, e mesmo amargando eliminações na Copa do Brasil e Libertadores, encaixou uma reação com 16 vitórias e cinco empates seguidos, acabando por conquistar o título para o verdão paulista.
A situação celeste, entretanto, é bem diferente, ‘muuuuuito’ diferente mesmo, mas em se tratando de futebol, não é nada que possa ser considerado impossível de acontecer.

FIM DE PAPO
• Que a tarefa é complicada todos nós sabemos, mas Felipão não é de desanimar fácil, e já provou isso por onde passou. Com os dois últimos treinadores não deu certo: Enderson Moreira obteve 45,8% e Ney Franco apenas 33,3% de aproveitamento. Claro, não se pode deixar de considerar o prejuízo causado pela perda de seis pontos, em razão de uma punição imposta pela Fifa, que já foram descontados e são irrecuperáveis. Mas isto não pode servir de desculpa para o péssimo futebol apresentado até agora, e os maus resultados contra times de quinta categoria no cenário nacional.

• Para o Ipatinga, a retomada do Módulo II, a ‘Segundona’ do Campeonato Mineiro, além de ser um grave risco à saúde de todos os participantes, foi péssima dentro de campo até agora, uma vez que a equipe perdeu os dois jogos que fez, em casa, para o Democrata de Sete Lagoas, e, no último sábado, para o Tupi, em Juiz de Fora. O time está em 10º lugar, colado na zona de rebaixamento, com apenas oito pontos ganhos.

• O pior ainda não é a posição na tabela de classificação, que poderá ser revertida, mas a situação econômica, já que, além das taxas altíssimas e os penduricalhos cobrados pela Federação Mineira, os clubes do interior, que vivem vendendo o almoço prá comprar o jantar, ainda estão tendo que pagar os exames de Covid-19 do próprio bolso, inclusive os da arbitragem.

• Madrasta sob todos os aspectos a atual diretoria da Federação Mineira, segundo o blog do jornalista Chico Maia, não está gastando nada e só arrecada com este paupérrimo Módulo II. Na disputa da 1ª Divisão, onde os clubes recebem dinheiro de patrocínio da TV e têm condições financeiras bem melhores, a FMF pagou as despesas com os exames da Covid-19 dos atletas e demais participantes, além de isentar os clubes do pagamento das vultosas taxas administrativas. Agora, venha tudo a nós e o vosso reino nada. (Fecha o pano!)
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