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18 de outubro, de 2020 | 10:00

Indústria metalomecânica tem alta expectativa de recuperação

Alex Ferreira

Dedicada a todos os segmentos responsáveis pela produção e transformação de metais, a indústria metalomecânica foi bastante impactada com a pandemia de covid-19 ao longo desse ano, porém, esse setor já encaminha para recuperação. Para o próximo ano, a expectativa é que as atividades industrias continuem em processo de desenvolvimento e tenha um cenário favorável de modo geral.

A pesquisa “Indicadores Industriais” divulgada, neste mês, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que todos os indicadores industriais (Faturamento, Horas trabalhadas na produção, Emprego, Massa salarial, Rendimento e Utilização da Capacidade) avançaram em agosto. O faturamento da indústria ultrapassou níveis pré-pandemia, e a Utilização da Capacidade Instalada alcançou patamar próximo ao nível antes da pandemia. Em agosto, houve também o primeiro resultado positivo do emprego industrial em 2020: o emprego avançou 1,9% com relação a julho.

Arquivo DA
Carlos Afonso de Carvalho acredita que a recuperação da indústria deverá se manter no próximo ano  Carlos Afonso de Carvalho acredita que a recuperação da indústria deverá se manter no próximo ano
Estabilização

Em entrevista ao Diário do Aço, o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva), Carlos Afonso de Carvalho, o setor metalomecânico teve um impacto muito forte nos três primeiros meses da pandemia, mas logo depois foi se estabilizando por atender aos setores de siderurgia e mineração. “As empresas desses setores tiveram impacto menor. Nesse momento, estamos praticamente com 80% de ocupação do chão de fábrica. Têm empresas dos setores que estão um pouco melhor, mas nós acreditamos que assim que findar essa pandemia, logo de imediato, retomaremos as condições normais dos nossos negócios”, salientou.

Dificuldade

O presidente do Sindimiva relata que, uma das maiores dificuldades enfrentadas nesse momento no setor metalomecânico, é conseguir repassar para os clientes o aumento do preço do aço, que teve uma alta de cerca de 60% neste ano. “Infelizmente, às vezes, não conseguimos passar isso para o preço final, comprometendo a nossa margem de lucro. Nós precisamos avaliar, junto a federação das indústrias, para saber se é falta de material ou outro fator, porque os preços subiram exorbitante e isso realmente está impactando nossos negócios”, destacou.

Recuperação

Para o próximo ano, Carlos Afonso acredita que a recuperação da indústria deverá se manter e que todos os setores trabalharão para reverter os prejuízos deste ano. “No nosso setor metalomecânico, inclusive, as admissões já estão ocorrendo. Vemos empresas na região que têm contratado várias pessoas para conseguir atender seus pedidos. Isso é um bom sinal. Acreditamos muito que o ano que vem será melhor que 2020. Em conversa com dirigentes do setor metalomecânico de outras regiões, também percebo que eles estão otimistas e acreditando muito na recuperação econômica e na contratação de mão de obra para atender os pedidos que estão disponíveis no mercado”, ressaltou.

Arquivo DA
Flaviano Gaggiato destacou que há previsão de geração positivo de empregos para 2021 Flaviano Gaggiato destacou que há previsão de geração positivo de empregos para 2021
Esperança

O presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, também destacou que as expectativas são positivas para o próximo ano na indústria metalomecânica, com esperança de retomada forte da economia em 2021. “O setor nosso foi bastante impactado pela pandemia, uma vez que ela acarretou a diminuição de atividades de vários setores, inclusive, a paralisação de algumas indústrias, que são nossos clientes. Com isso, houve uma queda muito forte da demanda das encomendas, mas como o setor de mineração continuou com sua atividade normal, em curto prazo isso deu certo alívio para algumas indústrias do Vale do Aço. Porém, agora com a retomada das atividades de forma mais consistente, mantendo esse ritmo de crescimento, as expectativas para o próximo ano são bem otimistas”, avaliou.

Aumento na demanda

Conforme o presidente da Fiemg, Regional Vale do Aço, já é possível observar uma movimentação em diversos setores relacionados à indústria que contribui para um aumento na demanda. “Várias empresas de mineração estão fazendo investimentos agora, já que estão com expansão de vendas devido ao valor do dólar, e os outros setores que estavam parados, como o automotivo, estão em recuperação. Com isso, aumenta a demanda para as indústrias que somos fornecedores. Além disso, com certeza há previsão de geração positivo de empregos para o próximo ano, permanecendo a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3% e 3,5% para o ano que vem”, concluiu.
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