05 de outubro, de 2020 | 16:00

Show de bola

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Mais uma vitória convincente do Galo, no Mineirão, 4 x 1 sobre o Vasco da Gama. O time agora está disparado na liderança do Brasileirão, com cinco pontos à frente dos segundos colocados na tabela, que são, pela ordem, Internacional, Palmeiras e Flamengo, além de ter um jogo a menos em relação aos gaúchos.

Os primeiros momentos da partida foram de apreensão, mas quando a fase é boa o pão só cai virado pra cima. Réver falhou e Benítez, de bicicleta, fez o gol mais bonito do Brasileiro até agora, aos oito minutos do primeiro tempo.

Certamente o Vasco “cutucou a onça com vara curta”, como se diz aqui nos nossos grotões, pois cinco minutos depois Arana empatou, dando início ao show de bola do time de Jorge Sampaoli, que fechou o placar de 4 x 1, aos 36 minutos do primeiro tempo, para depois só administrar a vitória na segunda etapa.

Não há exagero algum em dizer que o atual time do Galo é uma máquina de pressionar, agressivo, incisivo, tendo como principal característica ou virtude retomar a bola do adversário cada vez mais perto do gol inimigo, onde a equipe sempre chega com muita gente, dando várias opções para a conclusão final.

Sem otimismo exagerado, exacerbado, que deve se restringir apenas aos torcedores, após 13 rodadas e pouco mais de um terço do caminho percorrido, já se pode afirmar que o Galo segue firme no caminho certo, como um dos principais candidatos ao título do Campeonato Brasileiro 2020, 49 anos depois do último, conquistado em 1971.

Mais sofrimento
Mais uma derrota dolorosa do Cruzeiro. E pior ainda foi como ela aconteceu, pois como diriam os locutores no rádio de antanho, foi com um gol sofrido no “apagar das luzes”, causando um sofrimento sem fim para o torcedor celeste.

O time comandado por Ney Franco não conseguiu repetir o bom futebol do jogo anterior, quando derrotou a Ponte Preta. E amargou novamente a derrota, por 1 x 0, agora para o Cuiabá, indo parar novamente na zona de rebaixamento à Série C.

Diz o ditado popular: “Em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”. Então, o terreno fica propício para “pitaqueiros” de toda sorte, que fazem ilações sobre a eficácia do trabalho do técnico e dos jogadores em campo, além de dar margem ao surgimento dos “profetas do acontecido”, que afirmam terem avisado sobre o desastre iminente, e mais isso, e mais aquilo.

Só resta agora ao torcedor cruzeirense acreditar num milagre, se bem que, no futebol, ele só costuma dar o ar da graça quando há algum mérito, coisa que o time atual não possui.

FIM DE PAPO
• Faltam 33 dias para o jogo Atlético x Flamengo, válido pelo returno, na 20ª rodada, que será disputado dia 7 de novembro, um sábado, às 19h, no Mineirão. A meu ver, os dois são os grandes favoritos ao título. No turno, o Galo venceu por 1 x 0, no Maracanã, gol contra de Filipe Luís. Em caso de vitória alvinegra, o torcedor do Galo vai ter quase certeza do fim deste jejum de 49 anos sem conquistar o maior título nacional.

• O Atlético de Jorge Sampaoli fará agora três jogos seguidos, contra Fortaleza (fora), Goiás e Fluminense em casa, desfalcado de três titulares importantes - Savarino, Alan Franco e Junior Alonso -, que vão servir às seleções de seus países nos jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo. Se o rendimento do Galo pode oscilar, o Flamengo, além dos problemas com a Covid-19, terá quatro desfalques pelo mesmo motivo do rival: Rodrigo Caio, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Isla.

• Na próxima sexta-feira começa essa tal de “Eliminatórias Sul-Americana”, onde a Seleção dirigida por Tite enfrentará a Bolívia, no Itaquerão (SP). O interesse pela Seleção caiu tanto que a transmissão do segundo jogo, em Lima, contra o Peru, ainda não teve os direitos de transmissão adquiridos por nenhuma emissora de TV. Apenas as razões de ofício me levam a assistir esses jogos da Seleção, que já não representa o sentimento da maioria do povo brasileiro, conforme as pesquisas divulgadas.

• Motivos não faltam para este desinteresse e, em muitos casos, por que não dizer, causar até mesmo certa antipatia. Começa pelo futebol de péssima qualidade do time que jogou o último Mundial, na Rússia, além dos amistosos realizados de lá para cá. Só ganhar dos “hermanos” é pouco, pois quando tromba com uma seleção europeia, a máscara cai e surge a incompetência do futebol nacional, que passa pela má gestão e falta de transparência da CBF. Tem ainda esse Tite, o rei da antipatia, no comando, com sua fala empolada, professoral, tipo “Rolando Lero”, enfim, uma draga de seleção do quinto dos infernos. (Fecha o pano!)
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Comentários

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Tião Aranha

05 de outubro, 2020 | 19:35

“Mais do que 'as razões de ofício', parece que é apenas o psicológico é que sempre age, no geral, sobre as pernas dos jogadores, que vão muito bem quando se tem um bom técnico pra cobrá-los; - quem não se lembra do Jesus? Não adianta querer colher além daquilo que não foi plantado. Mas o tempo é a solução de qualquer problema ( e a maturidade quando é formada com uma base sólida, fruto dum trabalho competente: melhor ainda, esta não trará no futuro nenhum sofrimento, a posteriori). Não sei até que ponto vale à pena investir tanto pra se ter um título bastante caro.”

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