29 de setembro, de 2020 | 14:15

A violência contra a mulher

Ana Lucia Zanini *

Por que há tantas mulheres que sofrem violência de seus cônjuges? É impressionante os casos de mulheres agredidas por seus companheiros e namorados.

Basta assistir aos programas de gênero policial para se constatar como homens tomados de um poder que eles mesmos criaram para terem posse da vida de suas mulheres, controlando seus passos e suas atitudes. É quase que a totalidade das notícias veiculadas.

Atos de selvageria são executados para justificarem seu domínio, impondo o medo e o respeito que estes exigem, ordenando que qualquer ato que o desagrade seja punido conforme seu entendimento.

Há casos em que mesmo não existindo mais vínculo, o homem sente que ainda é o dono da situação, não aceitando a separação, pois para seu ego, o que está ocorrendo é uma rejeição, fato este que para muitos homens é inaceitável.

As razões são diversas para as mulheres aceitarem essa situação, desde uma carência afetiva, onde para uma sociedade machista, a mulher precisa de um homem, dependência econômica e a sobrevivência dos filhos, que sofrem ao presenciarem o “pagamento”.

Mesmo com tantos discursos de empoderamento feminino, de liderança das mulheres em corporações e tantas outras conquistas da mulher na sociedade, não devemos ignorar que essa realidade não é vivida por todas.

Nem todas podem ter o privilégio de serem donas de suas vidas porque não tem forças para se libertarem da opressão que vivem, pois muitas já estão proibidas de viver.

Sim, podemos falar da lei Maria da Penha, de medidas protetivas para salvaguardar a integridade física e psicológica da mulher, mas para muitos homens é mais uma lei dentre muitas que não são obedecidas.

E não é somente o empenho, o investimento em políticas das instituições que lidam com esse problema, mas principalmente da mulher que sofre com isso, literalmente na pele.

É necessário buscar forças dentro de si para falar NÃO, por mais que doa e SIM para a busca da cura.

* Formada em Gestão Empresarial pela UMC - Universidade de Mogi das Cruzes e Jornalista
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Comentários

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Tião Aranha

04 de outubro, 2020 | 17:19

“A dependência econômica e a sobrevivência dos filhos impedem a separação da mulher agredida, ele geralmente busca a felicidade noutras mulheres da rua. Por isso, vários casais optaram pelo número reduzido de filhos devido à grande ocorrência das separações que geralmente acabam com uma boa briga; depois, cada um pega a sua trocha e vai embora. Não precisa nem pagar advogado. Casamento de pobre geralmente termina assim. Caso peculiar é o da mulher do malandro que, no dia que não apanha, joga o pau pra cima deixando-o cair na cabeça.”

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