28 de setembro, de 2020 | 13:58

O Capitalismo Consciente já chegou aos leitores e autores

Eduardo Villela *

Conhecido como nova economia, o movimento global, que traz o capitalismo consciente como fator de destaque, defende que é possível produzir visando além do lucro, almejando também o bem da sociedade e do meio ambiente. O consumidor e o modo de consumo estão mudando. O consumidor hoje quer produtos e serviços que não só entreguem bem-estar a ele mas também não prejudiquem a sociedade e o planeta, seja em sua produção seja após o seu uso, evitando, por exemplo, a geração de resíduos. E as marcas que escolhe precisam também estar nessa mesma sintonia e verdadeiramente comprometidas com o propósito em contribuir para um mundo melhor, além de ganhar dinheiro.

Esse modelo emergente também está levando leitores e autores a se influenciarem mutuamente. Os leitores querem, cada vez mais, ler livros que toquem em temas que hoje causam preocupações e dores para a sociedade e o planeta, como por exemplo: sustentabilidade, respeito e valorização da diversidade, compartilhamento de bens ao invés de deter a sua propriedade, solidariedade e desigualdade social.

Por outro lado, é crescente o número de autores que escrevem livros com conteúdo voltados a transmitir aos leitores a importância da necessidade de comprometimento ético com a sociedade, o planeta e uma visão de mundo baseada em sentido e propósito.

Se falarmos de livros de negócios, por exemplo, hoje é impensável um autor tratar de boas práticas e estratégias de gestão que deixem de lado os fundamentos do ESG, da transparência, da ética e da responsabilidade social no dia a dia das empresas.

Leitores mobilizados - Assim como o consumidor está atento e checa se o discurso das empresas e marcas está sendo cumprido na prática, o leitor observa e sabe identificar quando os autores são verdadeiros ao passar uma mensagem alinhada a uma forma de pensar responsável e ética.

É admirável também a mobilização que já observamos de leitores que, por meio da proposta do capitalismo consciente, propagam o hábito da leitura como um instrumento formador, informativo e de ampliação de consciência, assim como propõem iniciativas de doação e troca de livros e organização de clubes de leitura, visando formar novos leitores e fomentar por meio da educação proporcionada pelos livros novas formas de consumo.

* Graduado em Relações Internacionais e cursou mestrado em administração, ambos na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica). Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infanto-juvenil e adulta. www.eduvillela.com
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