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28 de setembro, de 2020 | 00:01

Volta ao passado

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha

Quem já está na faixa do meio século de vida certamente deve se lembrar do futebol brasileiro nas décadas de 1980/90, quando o comando nacional era exercido paralelamente por cartolas de clubes e federações, gente da estirpe de Eurico Miranda e Eduardo Viana Caixa D’Água, entre outros ornitorrincos, contando com o beneplácito de José Roberto Wright e José de Assis Aragão entre os assopradores de apito.

No último domingo, em pleno século 21, a atual cartolagem conseguiu fazer o futebol brasileiro retroagir de três a quatro décadas, ao proporcionar um espetáculo deprimente, salvo no apagar das luzes por uma medida liminar do Tribunal Superior do Trabalho, que permitiu a realização do jogo entre Palmeiras x Flamengo.

De um lado, a diretoria do rubro-negro carioca, comandada por Rodolfo Landim, um dirigente arrogante, mentiroso, incoerente, um autêntico energúmeno, abaixo da crítica.

Do outro, a cartolagem do Palmeiras, covarde, insensível, interessada unicamente em fazer valer a “Lei do Gérson”, sem se importar com o conjunto, a lisura e a decência que devem prevalecer em todas as questões do futebol.

Em campo, viu-se um futebol ruim, o Flamengo com um time cheio de garotos com menos de 20 anos, já que a maioria dos seus titulares foi afastada pela Covid-19, enquanto o Palmeiras, embora com um elenco milionário, confirmava ser um time sem criatividade, mal treinado.

O empate de 1 x 1 ficou de bom tamanho para ambos os lados, mas a impressão que o futebol brasileiro passou com essa celeuma toda foi de ter dado vários passos para trás, com a sua cartolagem retrógrada que só visa cuidar de seus interesses.

Galo sobra
Nem precisava do boquirroto Renato Gaúcho dizer, pois é fato que o Atlético leva vantagem sobre seus principais adversários, do ponto de vista físico e técnico, por estar disputando só o Brasileirão.

Agora, negar ou tentar desmerecer o bom trabalho do técnico Jorge Sampaoli só denota a sua falta de personalidade, a arrogância que sempre norteou suas posições, incapaz de reconhecer virtudes nos adversários quando é derrotado.

Quer queiram ou não, Gaúcho e alguns colegas da crônica do circuito Rio de Janeiro e São Paulo estão tendo que engolir o argentino Sampaoli, que faz à frente do Galo um trabalho muito superior a tudo o que se vê no atual futebol nacional.

Suas ideias de jogo e métodos de trabalho estão muito à frente dos demais adversários e colocam o Atlético como o maior favorito à conquista do título brasileiro de uma temporada esquisita, que só vai terminar em fevereiro de 2021, marcada pela pandemia do novo coronavírus.

FIM DE PAPO

• Não se pode dizer também que Sampaoli é “fogo de palha” ou “cavalo paraguaio”, porque ano passado ele levou o Santos ao vice-campeonato nacional, com um elenco bem inferior ao que tem hoje à disposição no Galo. O torcedor atleticano está eufórico, alegre, feliz com o time como não se via desde 2013, quando conquistou a Copa Libertadores da América, o maior título de sua história.

• Nessa hora, a imprensa alvinegra e a torcida nem se importam de terem queimado a língua algumas vezes, ao discordar de certas decisões do técnico argentino. Por exemplo, a insistência dele com Nathan, hoje uma das referências do time, além dos pedidos constantes feitos à diretoria para contratar o goleiro Éverson, cujas boas atuações com as mãos e diferenciadas com os pés já o fizeram merecedor da confiança de todos.

• O norte-americano Tiger Woods, 44 anos, considerado o maior atleta do golfe na história desse esporte, perguntado durante uma entrevista se atribuía uma parte do seu sucesso à “sorte”, foi enfático. De acordo com cálculos recentes feitos pela revista americana Forbes, Woods já faturou cerca de um bilhão de dólares em premiações no golfe, e respondeu na bucha: - “Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho!”

• A boa fase do Atlético, a meu ver, nada mais é do que fruto do trabalho e da seriedade, muito treinamento qualificado por parte dos jogadores sob o comando competente de Jorge Sampaoli, sem dúvida o melhor treinador em atividade no futebol brasileiro e talvez no continente. O Galo está voando, joga diferente de todos os demais concorrentes, erra poucos passes e cada jogador sabe exatamente o que fazer em campo. Se a equipe vai ganhar ou não o título brasileiro é outra história, mas já pode ser considerado até aqui o principal favorito. (Fecha o pano!)
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Comentários

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Cristiano dos Santos

29 de setembro, 2020 | 12:13

“No trecho sobre palmeiras e flamengo, o autor abusou no direito de palavras ofensivas. Não digo que a crítica em si não seja merecida, mas, deve ser feita de forma normal.”

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