25 de setembro, de 2020 | 14:34

Portugal retoma medidas sanitárias contra a pandemia

Crescimento de casos de covid-19 levou vários países a adotarem novamente medidas radicais

Portugal retomou as medidas sanitárias para o controle da pandemia do novo coronavírus. O isolamento social foi novamente adotado nessa quinta-feira (24) e as medidas serão mantidas até meados de outubro. O governo informou que o isolamento voltou a ser necessário frente ao aumento do número de casos diários de covid-19.

Entre as medidas, as reuniões continuam a ser limitadas a dez pessoas, e os estabelecimentos comerciais precisam fechar entre as 20h e as 23h.

Portugal, que já registrou 71.156 casos da doença até agora, foi elogiado inicialmente por sua reação à pandemia. Agora os casos voltaram a subir, e a autoridade de saúde relatou 802 casos na quarta-feira (23), um dos piores dias desde o início da pandemia.

"O número de casos vem crescendo há cerca de cinco semanas", disse a titular da Presidência do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva, em entrevista coletiva, acrescentando que o governo reavaliará a situação em duas semanas.

O governo também decidiu ampliar a proibição de festivais e eventos semelhantes até o fim do ano.

O aumento dos casos do novo coronavírus em Portugal, uma nação de pouco mais de 10 milhões de habitantes, levou vários países europeus a estabelecer restrições de viagem e alertas que prejudicam a economia, dependente do turismo.

A Alemanha, por exemplo, acrescentou a Região Metropolitana de Lisboa, que concentra a maioria dos casos de covid-19, a uma lista de destinos para os quais desaconselhou viagens.

Outros países retomaram restrições

Israel decretou a medida sanitária mais rigorosa para tentar controlar a volta da pandemia: a volta do lockdown. A medida tem duração de 30 dias e termina em outubro.

Além de Portugal, outros países da União Europeia voltaram a decretar medidas de distanciamento social e restrições de deslocamento para conter um novo avanço da pandemia de covid-19 na região.

A capital da Espanha, Madrid, decretou o bloqueio em zonas que abrigam 13% da população.

No sul da França, a cidade de Nice voltou a proibir reuniões de mais de 10 pessoas em espaços públicos. A Dinamarca e a Grécia já oficializaram também a imposição de limite de pessoas em reuniões, fechamento de bares e o aumento nas restrições em áreas mais afetadas.

Já, a Itália, anunciou que vai retomar as competições esportivas ao ar livre com até mil espectadores.

No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, reconheceu que uma segunda onda de contágios pelo coronavírus é inevitável, mas procura não falar em um novo lockdown – fechamento total do país.