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22 de setembro, de 2020 | 16:04

No dia da banana, Minas comemora bom desempenho da fruta mais consumida no país

Estado deve produzir mais de 700 mil toneladas em 2020, segundo projeções do IBGE

Reprodução
Apesar de ser uma planta originária do continente asiático, o cultivo da banana se difundiu no Brasil e, hoje, Minas é o terceiro maior produtor da fruta no paísApesar de ser uma planta originária do continente asiático, o cultivo da banana se difundiu no Brasil e, hoje, Minas é o terceiro maior produtor da fruta no país
(Agência Minas)
Prata, Caturra (Nanica), Terra, Ouro, Maçã. A lista com os tipos de bananas cultivadas mundo afora é tão grande quanto o gosto pela fruta. Em solo brasileiro ela é a mais consumida e, no resto do planeta, só perde para a laranja. Um alimento que se tornou tão popular que ganhou o dia 22 de setembro como data comemorativa.

Apesar de ser uma planta originária do continente asiático, o cultivo da banana se difundiu no Brasil e, hoje, Minas é o terceiro maior produtor da fruta no país, com participação de quase 12% no volume nacional. A expectativa é que, em 2020, cerca de 786 mil toneladas sejam produzidas no estado, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

O Norte de Minas é responsável por mais da metade da produção de banana no estado. As principais áreas de cultivo estão nos municípios de Jaíba, Janaúba, Nova União e Nova Porteirinha. Mas foi em Delfinópolis, no Sul de Minas, que a fruta começou a ser cultivada no início dos anos 1990 e hoje é um dos principais motores da economia.

O produtor e membro da Associação dos Produtores de Banana de Delfinópolis e Região (Adelba), Sávio Marinho, acompanhou de perto o desenvolvimento da bananicultura no município. “Com a crise do café, em 1992, muitos agricultores procuravam alternativas. Com o incentivo da cooperativa dos cafeicultores de São Sebastião do Paraíso, nove famílias começaram a cultivar bananas”, relembra Marinho, segundo maior produtor da fruta no estado.

Fatores como a proximidade de grandes centros comerciais, condições favoráveis de clima, boa topografia e fartura de água contribuíram para o sucesso da atividade. Delfinópolis tem, hoje, 150 produtores de banana ocupando 3.740 hectares, sendo 3.600 em produção e 140 em formação. A produtividade média local também chama a atenção. Cerca de 23,3 mil quilos por hectare, com estimativa de produção de 84 mil toneladas, equivalente a R$ 98 milhões.

Assistência

Segundo o coordenador de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio, as variedades de banana dos tipos Prata e Nanica são hoje as mais procuradas. Os motivos vão além da doçura no sabor. Ele ressalta que a fruta tem grande valor energético, com destaque para a concentração de carboidratos, sódio, magnésio e, principalmente, potássio. Sem falar na predominância de vitamina C, A, B2 e B6.

“Além disso, a banana é matéria-prima para vários produtos, o que agrega valor à fruta. Há doces, bolos, pudins, farinha, banana-desidratada, até mesmo artesanato que pode ser feito com os pseudocaules (troncos) da bananeira”, explica o coordenador.

Pesquisa

Além do esforço dos produtores que se dedicaram à atividade e da assistência técnica que impulsionou o setor, o trabalho dos pesquisadores no campo foi fundamental.

Coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Fruticultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Maria Geralda Vilela Rodrigues conta que o primeiro experimento com a banana no Norte de Minas foi em 1978. “A única restrição era a falta de água, mas isso foi contornado com irrigação. Desde então, os experimentos com a fruta não pararam. São quatro décadas de pesquisa constante com a banana naquela região”, explica.
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