22 de setembro, de 2020 | 11:50
Nova ação de acessibilidade
Instituto Usiminas adota equipamento de audiodescrição para deficientes visuais
No Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado em 21 de setembro, o Instituto Usiminas divulgou uma iniciativa para tornar suas atrações culturais mais acessíveis.A chegada do equipamento de audiodescrição permitirá que mais pessoas com deficiência visual possam participar de espetáculos e outras atrações culturais, quando o Centro Cultural Usiminas for reaberto.
O novo equipamento de tradução simultânea foi adquirido com recursos via Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocinados pela Usiminas, e torna as imagens acessíveis em palavras. Em uma cabine, 12 pessoas com deficiência visual terão audiodescrição do evento, por meio de um intérprete.
Em Ipatinga, uma pesquisa feita pela Associação dos Deficientes Visuais de Ipatinga (Adevipa), em 2017, encontrou 560 pessoas com deficiência visual e 32 mil com baixa visão.
Para o presidente do Conselho Fiscal da Adevipa, Geraldo Silvério Bastos, de 76 anos, cego há 16, o equipamento é mais um incentivo para as pessoas com deficiência visual.
Eu escrevo em braile, mas não leio. A audiodescrição é o meio que mais uso para ter acesso à informação. E os estudantes terão mais oportunidades de conhecimento com essa iniciativa”, enfatiza.
Humanização
A massoterapeuta timoteense Alice Peri Maura, de 21 anos, tem deficiência visual e aguarda a volta as atrações presenciais no Instituto Usiminas. Em 2019, ela participou da contação de histórias Sons coloridos com amor”, da exposição sensorial Parque de Bambu” e da exposição Música Brasilis”.
Eu gosto de teatro e de contação de histórias, mas eu consigo participar de alguma atividade de entretenimento somente quando tenho alguém para me acompanhar e descrever o que está vendo”, conta Alice.
Buscamos sempre atrações adaptadas. Iniciativas com independência para entretenimento são muito bem-vindas”, completa Sandra Peri, da Associação das Pessoas com Deficiência de Timóteo e Amigos (Adevita), avó de Alice.
Penélope Portugal, diretora do Instituto Usiminas, diz que promover a acessibilidade é prioridade para a instituição.
As atrações presenciais e virtuais que promovemos estão sempre abertas às pessoas com deficiência. Buscamos a humanização das nossas ações para que aos poucos, possamos estabelecer uma relação de confiança com nosso público”, explica.
Tradução em Libras
As iniciativas com a presença de intérpretes de Libras foram conquistando o público do Vale do Aço e de municípios vizinhos. Por meio do agendamento escolar da Ação Educativa, o Instituto Usiminas já recebeu pessoas de mais de 54 escolas em atrações realizadas no Centro Cultural Usiminas.
Durante o isolamento social, as atividades têm transmissão pelas redes sociais do Instituto Usiminas (@institutousiminas), com tradução em Libras.
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