02 de setembro, de 2020 | 11:36
Rio Doce: preservação e consciência
Cantora Silvia Abelin retrata em música a relação entre o homem e a natureza
Cadê o doce desse rio cadê? Cadê a vida que corria nele, se foi com o absurdo do homem, se foi com toda a indiferença dele”, provoca Silvia Abelin, no refrão de música intitulada Rio Doce.A narrativa musical que aborda a morte do rio causada pelo rompimento da barragem no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, faz um convite à reflexão sobre como o ser humano se relaciona com a natureza.
O single estará disponível em todas as plataformas digitais a partir desta sexta-feira (4), e ainda contará com um vídeo clipe a ser lançado no dia 10 de setembro.
De acordo com a compositora, a inspiração para a letra e a música surgiu após o desastre ambiental, há cinco anos. Desde então, Rio Doce passou a fazer parte do seu repertório, embora ainda não tivesse sido gravada. Agora que está pronta para ser lançada, Silvia reconhece que o momento é favorável para a reflexão que a canção propõe.
Rio Doce dialoga melhor nesse momento em que estamos. Em virtude da pandemia, mais pessoas estão se conectando com o seu interior, com a natureza, procurando achar o melhor em si. E é isso que a música tenta passar, a mensagem de que podemos ser pessoas melhores”, acredita Silvia Abelin.
O tema conta a história do passarinho, representando a natureza, e do homem que se coloca no papel de predador, que extrai, fere e maltrata o meio ambiente. Então a natureza se surpreende com o homem ao salvar esse passarinho que não sabia voar e por devolver a ele a confiança que lhe fora roubada.
Uma esperança de que a melhor versão do ser humano se salve, como diz um trecho falado da canção, inspirado numa frase de Zack Magiezi: Que as águas do Rio Doce levem a nossa ambição, que os nossos rios levem o sangue e o ódio e ensinem a humanidade a desaguar no amar”.
A produção do single e do vídeo clipe foi feita à distância, por causa do isolamento social. E contou com participações de profissionais como o violonista Guinha Ramires e o percussionista Alexandre Damaria.
De Los Angeles, o engenheiro de som Jonathan Maia trabalhou na sonoplastia da música. A gravação foi em Florianópolis, no Jorge Lacerda Studio. O vídeo clipe tem adireção artística da cineasta Cláudia Aguiyrre. O link para o pré-save de Rio Doce está disponível em https://show.co/mdrftDal.
Silvia Abelin
Cantora profissional há pelo menos 15 anos, Silvia Abelin lançou os discos e trabalhos autorais Passos (2013) produzido em Londres/UK e Porto Alegre; Tanto Tudo (2016), produzido em Florianópolis, com arranjos de Guinha Ramires e com quem firmou uma longa parceria musical; e Voa Voa Sabiá (2019), produzido em São Paulo e Florianópolis.
Foi finalista do Prêmio da Música Catarinense 2016 e 2017, na categoria melhor cantora. No mesmo ano recebeu troféu de melhor trilha sonora original no festival de cinema Fita Crepe de Ouro da Unisul, música que também foi selecionado para o Festival Audiovisual Mercosul 21ºFAM 2017.
Além de profissional da voz, compositora e produtora, a artista é apaixonada pelo ensino do canto. Sua formação inclui diversos cursos em pedagogia vocal, e cursou a Escola de Belas Artes em Piano e musicoterapia (Candeias).
Também é bacharel em fisioterapia pelo IPA/IMEC e tem mestrado em neurosciência da reabilitação pela Brunel University London, que direciona no âmbito da música e saúde.
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Luiz Antônio Moro
04 de setembro, 2020 | 00:01Estou acompanhando o lançamento do Rio Doce ?”