31 de agosto, de 2020 | 17:00

PM prende grupo após explosão de caixa eletrônico em Tarumirim

Cinco adultos e um adolescente foram detidos depois de uma explosão a caixa eletrônico na cidade de Tarumirim, crime ocorrido na madrugada de domingo (30). Os envolvidos chegaram a fabricar uma barreira com aço para dificultar a aproximação da viatura policial. O explosivo, que não detonou, foi apreendido pelos policiais. Apesar dos estragos, nenhum dinheiro chegou ser furtado pela quadrilha.

O ataque foi descoberto na madrugada de domingo na avenida Getúlio Vargas, quando populares denunciaram que indivíduos colocaram duas barras de ferro e ainda um líquido inflamável na rua São Sebastião. A barreira tinha várias pontas com o objetivo de furar pneus de veículos que passassem por ela.

Com a confirmação da barreira, os policiais voltaram ao quartel e acionaram reforços, momento que receberam nova informação que o caixa eletrônico do banco Bradesco havia sido alvo de uma explosão. Os autores foram vistos pegando algo e colocando em um carro vermelho fugindo sentido ao distrito de Taruaçu.

Uma viatura da PM que trafegava no sentido contrário para dar apoio deparou com os autores em fuga em Renault Sandero de cor vermelha. O veículo conseguiu escapar rumo à BR-116 e, segundo testemunhas, seguiu na direção de Engenheiro Caldas.

Com informações da placa do carro, uma equipe da PM conseguiu identificar que o veículo havia sido alugado em uma locadora de Governador Valadares. Pela ficha de locação apurou-se que dois homens e uma mulher estiveram no local para alugar o Renault Sandero.

J.A.R.P., de 40 anos, foi localizado pela PM. Ele revelou ter sido procurado por G.R.A.P., de 19 anos, para trazer um carro alugado, pois o jovem não tinha carteira de motorista. Além dele, estava também a L.B.L., de 21 anos, namorada de G.R. com V.V.L., de 27 anos. Todos foram de motocicleta até Valadares para buscar o veículo. J.A. disse que ao chegar a Tarumirim, passou o Renault para G.R. e não teve mais contato com eles.

Além dos primeiros suspeitos identificados, os policiais conseguiram uma informação que barreira havia sido colocada por M.S.M., de 32, e um adolescente de 14 anos. Diante dos dados levantados, a PM programou uma operação para prender o casal e os outros envolvidos no ataque ao banco.

Prisão do casal

O casal foi abordado no carro alugado ao tentar fugir pela segunda vez, na zona rural de Tarumirim. No veículo foram encontradas blusas de frio semelhantes às usadas pelos autores do ataque ao banco, como se pode ver nas imagens das câmeras dos estabelecimentos comerciais próximos, além de uma porção de maconha. A jovem confirmou que o carro foi alugado por eles, mas apenas para “curtir” o fim de semana e negou participação no crime.

Com as imagens das câmeras de segurança, a jovem ficou nervosa e entrou em contradição sobre o que ela e o namorado fizeram durante a noite. O jovem também negou qualquer participação no ataque à agencia do Bradesco. Porém, no celular dele havia mensagens que que levantaram suspeitas na participação dele no crime.

Um adolescente de 14 anos foi localizado e uma arma de fogo foi encontrada na casa do menor infrator. O jovem confessou participação alegando que iria receber R$ 2 mil por participar do crime na companhia do casal, além de M.S. Esse quarto envolvido não foi localizado, apesar das buscas dos policiais.

Os PMs ainda localizaram a pessoa que fabricou as barreiras metálicas. Trata-se do serralheiro V.R.S., de 27 anos. Ele havia ainda mandado mensagens para G.R. sobre a movimentação policial e qual seria a repercussão na cidade depois do ataque ao banco. Todos os envolvidos foram encaminhados para a delegacia de Governador Valadares.

Dinheiro não chegou a ser levado

O banco alvo dos criminosos, que sofreu vários danos, foi isolado para o trabalho da perícia. Havia também perigo de uma explosão acidental, já que se constatou um artefato explosivo não detonado, que ficou preso em um dos equipamentos. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais esteve na cidade para recolher o material que não detonou.

A perícia da Polícia Civil recolheu dados no local da explosão. O gerente do banco também esteve no local e informou que, apesar dos danos na agência, nenhum valor foi levado dos equipamentos destruídos na explosão. As gavetas com dinheiro não chegaram a ser abertas.