30 de agosto, de 2020 | 13:00

Acusado de tentativa de feminicídio é condenado a 14 anos de prisão

Crime aconteceu em abril de 2017, no Bairro Buritis, em Belo Horizonte

Divulgação TJMG
Distantes entre uns dos outros, jurados acompanham o julgamento da plateiaDistantes entre uns dos outros, jurados acompanham o julgamento da plateia
(TJMG)
O advogado D.A.V.M foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime fechado, por tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) contra sua ex-namorada. O crime aconteceu, no dia 1º de abril de 2017, por volta das 16h, na Rua Pedro Natalício de Moraes, nº 400, no bairro Buritis, da capital.

A sessão de julgamento deu início às 10h, nesta sexta-feira (28/08), e foi presidida pelo juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno, no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

A vítima, ex-namorada do réu, foi ouvida, mas, a pedido dela, o juiz solicitou que o interrogatório ocorresse somente na frente dos jurados. De acordo com o Ministério Público, ela foi agredida com chutes, socos e pisões, notadamente na região da cabeça. O laudo médico de K.L.P, registrou 31 lesões na região do pescoço e crânio.

Em plenário, o réu confessou que agrediu a vítima, mas sem intenção de matar, “ pratico artes marciais desde os 6 anos de idade e se tivesse a intenção de matar, tinha lhe dado um mata leão; estou arrependido”, confessou.

Ao ser indagado pela advogada Isabel Araujo Rodrigues, assistente de acusação, sobre qual o motivo do início das agressões, o réu respondeu: “Ela me disse que estava saindo com outra pessoa, ali eu comecei a agredi-la. Mas eu estava alcoolizado e tinha tomado remédio”, alegou.

O MP pediu a condenação do réu, afirmando que o crime se enquadra em quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, feminicídio e a impossibilidade de defesa da vitima. A promotora Denise Guerzoni Coelho afirmou que, “a pessoa que pisoteia assume o risco de matar”.

A defesa feita pelo advogado Leonardo Augusto Marinho Marques alegou que seu cliente “tem problema de capacidade no autocontrole”. Ele apresentou também um documento da Polícia Civil que afirma que as lesões não resultaram em perigo de vída da vítima.

O réu estava preso e aguardará possível recurso também preso.
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