28 de agosto, de 2020 | 07:17

TST decide julgar dissídio da greve dos trabalhadores dos Correios; data será marcada

André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Divulgação Sintec MG
Manifestação dos agentes dos Correios em Belo Horizonte Manifestação dos agentes dos Correios em Belo Horizonte

Após fracasso nas tentativas prévias de conciliação, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu na noite de quinta-feira (27) julgar o dissídio coletivo da greve dos trabalhadores dos Correios. Parte dos funcionários da estatal entraram em greve no dia 17 de agosto diante da aprovação do novo acordo coletivo.

No início da noite, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho determinou que o caso seja levado para julgamento após receber as manifestações das partes sobre a proposta feita para encerrar a greve. Mais cedo, durante audiência de conciliação, o ministro propôs a manutenção das 79 cláusulas do acordo coletivo assinado no ano passado, mantendo os atuais benefícios concedidos aos funcionários, mas sem reajuste nas cláusulas econômicas.

Segundo o TST, a proposta foi aceita pelos sindicatos que participam das negociações, mas os Correios se manifestaram somente pela manutenção de nove cláusulas. Diante da falta de acordo, a questão será julgada pela ministra Kátia Arruda. A data do julgamento ainda não foi divulgada pelo tribunal.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Segundo a entidade, foram retiradas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.

Em nota, os Correios declararam que aguardam o julgamento do dissídio no TST e afirmam que o fim da greve é essencial para a população. De acordo com o comunicado, a empresa teve suas receitas impactadas pela pandemia da covid-19 e "não têm mais como suportar as altas despesas”, incluindo benefícios que “não condizem com a realidade atual de mercado".

Já publicado:
Greve nos Correios tem adesão de mais funcionários no Vale do Aço


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Jean Carlos Veras

31 de agosto, 2020 | 11:45

“Força aos trabalhadores e trabalhadoras dessa grandiosa empresa brasileira!”

Paulo Henrique

31 de agosto, 2020 | 11:18

“Ganham so de ticket mais de 1000, e tem gente que não ganham nem isso, tem que privatizar, não querem trabaçhar mandam embora”

Marcelo Costa Gravessan

31 de agosto, 2020 | 10:15

“Correios é uma empresa pública federal que dá lucro à União e presta um importante serviço de integração nacional. Já trabalhei com logística e sei do que falo. Correios dá lucro e serve ao Brasil, ao contrário dos 57 mil vereadores que custam aos cofres públicos R$ 10 bilhões anuais só em salários, sem contar assessores e verba de gabinete. Na prática temos aproximadamente 70 mil políticos eleitos: presidente, senadores, governadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Sabe quanto dos nossos impostos isso custa POR HORA?? R$ 1,16 milhão. Então nós somos pobres (em maioria), por causa de um modelo político totalmente errado, não por causa de uma empresa pública federal.”

Eumanis Barbosa

31 de agosto, 2020 | 07:01

“Com sua diretoria com altos salários
Com lucros de 3 anos seguidos
Vem com essa história de crise financeira
Conta outra general !”

Josefa Jirlene da Silva Santos

30 de agosto, 2020 | 14:36

“Acho que quem provocou a categoria a entrar em greve tem que arcar com as consequências. (CORREIOS)”

Erivaldo Bernardo Torres

30 de agosto, 2020 | 14:33

“Acho que a parte da Empresa que não está querendo acordo tem que ser responsabilizados pela decisão da corte em favor da classe trabalhadora.”

Marcelo Henrique Raimundo

30 de agosto, 2020 | 14:25

“O próprio correios confessou um lucro líquido no primeiro semestre de 614 milhões,continuam com as mentiras, os trabalhadores estiveram em toda pandemia na linha de frente,mas esperar o quê de uma direção respaldada por "esse" governo....”

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