CADERNO IPATINGA 2024

17 de agosto, de 2020 | 16:23

Chegou ao topo

Fernando Rocha

Por toda a campanha feita até agora, sob o comando de Jorge Sampaoli - oito jogos, sete vitórias e um empate -, o Atlético era mesmo “muito” favorito contra o Ceará.

Mas, no futebol tradição conta muito, e por isso mesmo, o grau de dificuldade encontrado pelo Galo para vencer de 2 x 0, numa tarde inspiradíssima do garoto Marrony, autor dos dois gols, não foi de assustar pelo retrospecto do “Vovô”, atual campeão do Nordeste, contra o alvinegro daqui.

Sampaoli, como de hábito, mexeu outra vez na escalação da equipe, mas a saída de Arana e a improvisação de Alan na defesa não funcionaram, o que só foi consertado no 2º tempo após uma série de alterações no time, inclusive com o retorno do lateral titular.

Foi um ótimo resultado do Atlético, que manteve 100% de aproveitamento e assumiu pela primeira vez a liderança isolada da competição. O grande desafio agora é ficar no topo, uma tarefa infinitamente mais difícil do que chegar lá.

Vai Cruzeiro
Para alcançar o objetivo na disputa da Série B, que é ficar com uma das quatro vagas de acesso à elite nacional, o Cruzeiro tem cumprido à risca o seu papel.

Até agora foram realizados três jogos, com três vitórias, 100% de aproveitamento, o melhor dos mundos no planejamento inicial traçado pelo técnico Enderson Moreira, já vitorioso duas vezes na mesma competição, com Goiás e América.

Para subir, o time celeste precisa, sobretudo, ser eficiente. Dar espetáculo fica em segundo plano, pois só vai se sobressair neste tipo de disputa quem tiver raça, em primeiro lugar, além de comprometimento e entrega dos jogadores, o que parece estar sobrando na Raposa.

Depois de pagar os seis pontos de punição imposta pela Fifa, o Cruzeiro vai subindo por seus próprios méritos na tabela, fazendo sua torcida sonhar com as primeiras posições.

FIM DE PAPO
• A maratona de jogos e viagens dos times nas Séries A e B, agravada pela volta das competições em meio à pandemia do coronavírus, não deixa tempo suficiente para corrigir falhas com treinamentos. Os ajustes propostos pelos treinadores acontecem nos jogos mesmo, algo parecido com uma comparação comumente feita aqui nos nossos grotões, que é “trocar o pneu do carro com ele em movimento”.

• O América tropeçou em casa contra o Operário de Ponta Grossa (1 x 1), sexta-feira à noite, com o gol de empate dos visitantes sofrido no último lance da partida, e ontem à noite abriu a 4ª rodada encarando o Juventude, em Caxias do Sul-RS, um dos concorrentes diretos às vagas do acesso à Série A. O Cruzeiro jogou em Santa Catarina, domingo à tarde, e nesta quinta-feira, no Mineirão, já terá um desafio dos mais complicados contra a Chapecoense, que também é uma forte candidata ao acesso.

• Na Série A, o panorama não é diferente em relação às dificuldades pelo excesso de jogos, daí os métodos do técnico do Atlético, Jorge Sampaoli, que no começo pareciam estranhos, agora são um pouco melhor compreendidos pela crônica e a torcida alvinegra. O rodízio dos jogadores, conforme o grau de desgaste apurado para cada um deles é fundamental para prevenir contusões graves, mas para manter o nível das atuações é preciso ter um plantel não só de boa qualidade, mas com quantidade.

• Desde a retomada do futebol, a partir do Campeonato Mineiro, no dia 26 de julho, o Atlético fez um jogo a cada três dias, algo impensável nos dias atuais, não fosse a necessidade imposta pela pandemia. Os dois próximos desafios do Galo de Sampaoli serão fora de casa: o Botafogo, amanhã, no Rio de Janeiro; e o Internacional, sábado, em Porto Alegre. O colorado não terá o seu artilheiro, Paolo Guerrero, para o restante da temporada, por causa de uma contusão grave no joelho. Depois, o Galo terá uma trégua rápida no Brasileiro, para jogar as finais do Campeonato Mineiro com o Tombense, mas logo em seguida voltará à maratona. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Tião Aranha

17 de agosto, 2020 | 19:38

“Se o time tem toque de bola tem futuro: é bom time. Se não tem, é time ruim.”

Envie seu Comentário