14 de agosto, de 2020 | 11:00

Muito favorito

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Cheia de razão pelos inúmeros acontecimentos favoráveis extracampo e os feitos do time atual dentro dele, a torcida do Galo assiste neste domingo (16) mais um jogo do seu time na condição de muito favorito, diante do Ceará, no Mineirão.

Esquema ofensivo e muita gente chegando, o que aumenta as opções do ataque e também deixa sua defesa mais vulnerável aos contra-ataques do adversário, este é o Galo bem ao estilo do seu técnico, o argentino Jorge Sampaoli.

Contra o Corinthians, na última quarta-feira, o Galo obteve uma vitória espetacular, 3 x 2 de virada, com todos os ingredientes dramáticos aos quais a torcida atleticana já se acostumou e muitos atleticanos até gostam.

O próprio Sampaoli reconhece que o time é “muito jovem”, que “está em formação”, por isso pediu à diretoria a contratação de jogadores mais rodados, para evitar oscilações como as da última partida contra o Corinthians, quando virou a primeira etapa perdendo por 2 x 0.

Grande largada
Não poderia ter sido mais animadora a largada do Cruzeiro na Série B nacional, com dois jogos e duas vitórias, o que possibilitou zerar o débito de seis pontos em razão do não pagamento de uma dívida na FIFA, desde 2015.

Mesmo que ainda faltem algumas peças para compor o meio-campo e ataque, o time comandado por Enderson Moreira reagiu positivamente fazendo gols após tê-los sofrido, fator importante para gerar confiança ao elenco, sobretudo aos mais jovens, que são maioria no grupo de jogadores.

Prova maior do tamanho do Cruzeiro nesta Série B é o fato de ter o seu jogo com o Figueirense transferido para o domingo (16), às 16h, em Florianópolis, a pedido da TV aberta que detém os direitos de transmissão, ocupando a faixa nobre do futebol.

FIM DE PAPO
• A vitória de virada do Atlético sobre o Corinthians, 3 x 2, na última quarta-feira, trouxe à memória outro jogo emocionante entre os dois, um dos maiores jogos que já presenciei e que marcou minha carreira como narrador esportivo pela Rádio Vanguarda, por conta de um fato inusitado.

Mais de 90 mil torcedores compareceram ao Mineirão na noite do dia 7 de dezembro de 1994, onde os dois times se enfrentaram pelas semifinais do Brasileiro, para ver de perto nomes famosos como Marcelinho Carioca, Marques, os laterais Paulo Roberto Costa e Branco, todos do Corinthians, além de Éder Aleixo, Darci, Éder Lopes (que fez a sua melhor partida no Atlético) e Reinaldo, não o “Rei” original, mas o outro, então com 18 anos, autor dos três gols do Galo, uma promessa de craque, que se perdeu pelos caminhos tortuosos do futebol.

• O Atlético saiu na frente do marcador com um gol de Reinaldo no 1º tempo, mas o Corinthians empatou logo em seguida através do lateral Branco, que meses atrás tinha sido um dos protagonistas na conquista do tetracampeonato mundial pela Seleção na Copa dos Estados Unidos. Veio o 2º tempo, nervos à flor da pele, e Marcelinho Carioca desequilibrou logo no começo, fazendo um golaço, em chute certeiro quase do meio de campo, pegando o goleiro Humberto adiantado e desprevenido. 1 x 2 para o Timão.

• O Atlético, mesmo inferior tecnicamente, partiu pra cima, valente, corajoso, empurrou o Corinthians para seu campo de defesa e empatou com Reinaldo, em jogada espetacular de Éder Lopes. Empurrado pela torcida, que não parou de incentivar o time em nenhum momento, Reinaldo fez o gol da vitória, 3 x 2 Atlético, já nos acréscimos da partida, fazendo o Mineirão explodir de alegria.

• Mas, um fato inusitado aconteceu após a marcação do gol da vitória atleticana. Um torcedor, chapado e eufórico, pulou sobre o frágil teto de acrílico da cabine de transmissão da Rádio Vanguarda, que era dividida com a Cultura de Sete Lagoas.

Por sorte minha e também do saudoso comentarista Aloysio Martins, o rapaz tinha no máximo uns 20 anos de idade e caiu sobre os colegas da emissora coirmã, indo todos parar no departamento de emergências médicas do Mineirão. Como diria o também saudoso radialista Ulisses do Nascimento, um dos fundadores da Rádio Vanguarda, no fim das contas, “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”. (Fecha o pano!)
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Comentários

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Tião Aranha

16 de agosto, 2020 | 11:55

“Pro torcedor fanático o que importa é a vitória de seu time. Técnico estrangeiro trabalhar com bons jogadores deve ser bem mais fácil. Enquanto um time vende jogadores novos pra Portugal pra pagar dívidas, o outro gasta em plena crise de pandemia 100 milhões de reais, só pra formar um time (título caro esse). Resta avaliar se vale à pena tamanho investimento... quando não se sabe nem quando as torcidas voltarão a encher os estádios.”

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