10 de agosto, de 2020 | 17:10
Moradores de áreas ocupadas buscam intermédio do poder público
Nesta segunda-feira (10), moradores das ocupações urbanas dos bairros Limoeiro, Recanto Verde e Macuco, em Timóteo, promoveram ato para chamar atenção contra o risco de despejo. Mais especificamente em relação aos ocupantes do terreno próximo ao posto de combustíveis do Limoeiro reivindicado como particular, conforme já divulgado pelo Diário do Aço anteriormente. Além disso, pediram a efetivação dos compromissos assumidos com as ocupações dos bairros Recanto Verde e Macuco, no sentido de celebrar acordo que promova a legitimação da posse e o direito à moradia dessas comunidades.
O ato consistiu em uma marcha que partiu do bairro Primavera até a Prefeitura de Timóteo. Durante o trajeto, os manifestantes lamentaram a decisão de despejo proferida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e alertaram sobre a responsabilidade do poder público de intervir no conflito. Os manifestantes pediram a presença do prefeito Douglas Willkys, que informou ter agenda externa e por isso não pôde comparecer. O chefe do Executivo timoteense se comprometeu, por meio do procurador-geral do município, Humberto Abreu, se reunir com os representantes das ocupações nesta terça-feira (11), às 8h.
Prefeitura
Procurada, a assessoria de Comunicação da administração de Timóteo informou que desde o início do mandato, em julho de 2018, a atual gestão vem trabalhando para levar uma condição de vida mais digna para os moradores de ocupações em Timóteo, um problema histórico no município. Além de polêmico, o assunto esbarra em uma série de impedimentos legais e que demanda tempo para encontrar uma solução adequada.
Na manhã desta segunda-feira, a Prefeitura de Timóteo foi surpreendida com a manifestação de moradores de uma ocupação em área particular próxima à rua Candeia, no bairro Limoeiro. Como se trata de área particular, o município não é parte no imbróglio processual. Independentemente disso, o prefeito Douglas Willkys e seus secretários sempre receberam os moradores de ocupações e as entidades ligadas ao movimento, nesse caso específico a Brigadas Populares. Esta gestão nunca se furtou em dialogar com quer que seja, dentro da legalidade e respeito à lei”, destacou a nota.
Ainda conforme a nota, tanto o município tem se empenhado na questão de regularização fundiária que uma das ocupações mais antigas do município, o Jardim Vitória, também no bairro Limoeiro, está caminhando para um final feliz” num projeto em parceria com o Estado. O local recebeu a declaração de área de interesse social, as casas já foram numeradas e a Cemig começou a puxar rede elétrica para aquela comunidade.
Em relação aos manifestantes, eles foram recebidos pelo procurador-geral do município, Humberto Abreu, que solicitou o encaminhamento das demandas por escrito, haja vista que a administração municipal não tomou parte no processo dessa ocupação em específico por tratar-se de área privada”, concluiu a nota.
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Ronilson Valentin
11 de agosto, 2020 | 08:39Invasão de área particular! O que a PMT tem a ver com isso! Decisão Judicial!”