Expo Usipa 2024 02 - 728x90

09 de agosto, de 2020 | 10:00

Pais celebram amor aos filhos e possibilidade de estarem juntos durante a pandemia

(Bruna Lage - Repórter do Diário do Aço)
O segundo domingo do mês de agosto é marcado por celebrações e homenagens aos pais. Neste dia 9, papais de diversos locais recebem o carinho de seus filhos, num momento em que nem todos ganharão um abraço, em razão do isolamento social ocasionado pela covid-19. Em Ipatinga, Alan Gomes Barros, Juliano Nogueira Morais e Luciano Lourival Oliveira Cardial relatam o amor aos herdeiros e o desafio de conviver neste período de pandemia.

Álbum pessoal
Alan Barros, a esposa Samara e a filha Lívia, nascida no mês de julho Alan Barros, a esposa Samara e a filha Lívia, nascida no mês de julho
Alan Gomes Barros tem uma filha, nascida no dia 24 de julho. Ele relata como foi a chegada de uma “vidinha” em meio ao novo coronavírus. A gravidez foi recebida com surpresa e imensa alegria. Ele e a esposa, Samara, já planejavam ter filhos. “Somos casados há pouco mais de três anos e descobrimos a gravidez em novembro de 2019, um pouco antes do anúncio dos primeiros casos do coronavírus. Até então, não tínhamos a noção de que se tornaria uma pandemia com as proporções que temos hoje. A vida com a recém-nascida, Lívia, tem sido desafiadora diante da covid-19, ainda mais para pais de primeira viagem. Além das novidades e mudanças da rotina do casal, foi necessário tomar todos os cuidados e prevenções recomendadas já na gestação de minha esposa e agora, ainda mais”, pondera.

Alan avalia que cuidar de um recém-nascido, em meio à pandemia, é sim, diferente, para não levar riscos à filha. “Quando se tem filho a vida e a concepção do amor mudam, verdadeiramente, passamos a ser protetores por natureza e buscamos dar o melhor de nós. Um desafio gigantesco é sobre as visitas dos familiares e amigos, que infelizmente neste período precisa ser limitado ou nulo. Além disso, o suporte nos primeiros dias acaba sendo dificultado pela falta da presença de pessoas próximas. Usamos os meios de comunicação para que vejam a nossa filha, mas infelizmente não é o mundo real e a forma que gostaríamos. Outro desafio é levá-la às consultas, vacinas e onde é realmente necessário. Temos receio de como estará o local perante à covid-19, mas com prevenção e confiança divina temos realizado as tarefas essenciais para vida dela e com todo cuidado”, pontua.

Sentimento

Para Alan, ser pai é renovar-se por inteiro e deixar para trás um homem velho. “É algo único e inexplicável, mas que precisa ser cultivado diariamente. Eu participei de todo o processo do trabalho e nascimento da nossa filha, em parto normal, foi uma experiência que me fez dar maior valor à vida e à família. Como expressei pelas mídias sociais: ‘o amor transbordou em nossas vidas’. Sempre quis ser pai e hoje posso agradecer a Deus pela paternidade, que acolho como uma missão de vida”, celebra.

Álbum pessoal
Juliano Morais tem quatro filhos: Pedro Hernesto, Leonardo, Juliana e Fernanda Juliano Morais tem quatro filhos: Pedro Hernesto, Leonardo, Juliana e Fernanda
Paternidade e medicina

Juliano Nogueira Morais, de 58 anos, é médico e tem quatro filhos. Sua vida tem sido de cuidado redobrado, devido à sua profissão. O cirurgião-geral avalia que a pandemia traz mais responsabilidades, por se tratar de uma doença nova e tão desconhecida. “O contato familiar precisa ter os cuidados próprios e, querendo ou não, nossa família tem uma exposição maior devido ao nosso campo de atuação. O que nos deixa mais preocupados ainda nos cuidados dos filhos e entes queridos”, salienta.

O pai de Pedro Hernesto, Leonardo, Juliana e Fernanda, frisa que cuidar de uma criança num momento como esse demanda atenção, mas vê como fundamental o trato com os idosos, a população mais exposta, e para quem as consequências podem ser mais graves. Em sua visão, ser pai é conhecer o amor verdadeiro, incondicional, intenso e divino. “Me motiva a buscar os melhores resultados, para que eles possam ter as melhores oportunidades. Eu gostaria de dizer a todos os pais, sejam aqueles de primeira viagem ou os já veteranos, que o que fica de nós é o que eles levam para o mundo. Temos a obrigação de fazer o nosso melhor, mostrar aos nossos filhos o caminho verdadeiro e sadio da disputa, da convivência e instrumentá-los nas leis de Deus, para que possam se tornar seres humanos vitoriosos e participativos”, ensina.

Álbum pessoal
Luciano Lourival Oliveira Cardial e o filho, Davi, de 11 anosLuciano Lourival Oliveira Cardial e o filho, Davi, de 11 anos
Curado da covid, pai passará seu dia em casa

Luciano Lourival Oliveira Cardial, de 44 anos, recebeu alta médica recentemente. Internado com covid-19 entre 27 de julho e 4 de agosto, ele é só alegria em poder partilhar a data com o filho, Davi Gonçalves Cardial, de 11 anos. “Sair dessa situação e poder passar o Dia dos Pais com meu filho e minha família é algo inexplicável, tenho certeza que foi a mão de Deus. ‘Mas em todas essas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou’. A covid foi vencida, para a glória de Deus”, afirma, citando um versículo bíblico do livro de Romanos.

A pandemia alterou a vida da família. Luciano explica que gostaria de estar com seu filho nas atividades que faziam antes, como jogar bola, andar de bicicleta, soltar pipa, mas foi preciso rever os costumes e antigos hábitos. “Nesse período precisamos ter mais paciência, atenção, cuidado, autoridade, compreensão e diálogo com nossos filhos. Ser pai para mim é uma bênção, uma experiência que Deus me concedeu de poder cuidar, ensinar, proteger, transmitir herança de amor e seus ensinamentos. Sempre tive esse desejo, é algo incrível, uma experiência maravilhosa, um presente. Aos papais que irão iniciar essa jornada, a primeira coisa é colocar Deus em primeiro lugar, ter fé, paciência, dedicação e muito amor para lidar com as intempéries que certamente virão”, conclui.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário